Os espargos ainda são um vegetal que em Portugal poucas pessoas usam por acharem que não os sabem arranjar ou cozinhar. Os espargos são baixos em calorias, ricos em ácido fólico e diversas vitaminas e minerais, e ainda são diuréticos. Têm um sabor delicado e leve, que o torna ideal para pratos sofisticados.
Há indícios do uso de espargos no tempo dos Romanos, mas tornaram-se especialmente apreciados no Renascimento. Luis XIV, O Rei Sol, era um grande apreciador deste vegetal.
Os espargos podem ser verdes, branco ou roxos. Os verdes são a variedade mais comum e encontram-se até no estado selvagem. Os brancos, mais delicados e adocicados, são cultivados debaixo da terra, para impedir o desenvolvimento da clorofila, impedindo, por isso, que se tornem verdes. Estes espargos encontram-se normalmente em conserva, enquanto os verdes se vendem ao natural. Existem ainda os espargos roxos (cultivados com menos sol), mais raros mas semelhantes aos verdes, embora sejam mais tenros.
Quando se compram, devem ser consumidos rapidamente, pois estragam-se com alguma facilidade.
Os verdes ou roxos, devem ser lavados e as extremidades rectas retiradas. Basta partir com a mão, pois partem naturalmente na zona a retirar. Se achar que a pele é um pouco rija, pode pelá-los na zona mais perto da base, mas nem sempre é necessário.
Os brancos, em conserva, podem ser usados directamente.
São excelentes salteados em azeite em alho; pode refinar o prato acrescentando bacon aos bocadinhos e até alguns pinhões. Ou utilize-os cortados aos bocadinhos numa omelete. Ou apenas cozidos e passados em manteiga derretida. Ou em sopas e gratinados, com outros legumes. Ou apenas num belíssimo creme de espargos. Ou assados com outros legumes. Ou simplesmente grelhados num pouco de manteiga. Neste caso, no fim acrescente uns pingos de água para que voltem a hidratar e fiquem mais verdes e gordinhos.
ATENÇÃO - um estudo de 2018 desaconselha o consumo de espargos por mulheres com cancro da mama, por contêm uma substância que ajuda a que a doença se espalhe.