segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Arroz de Açafrão com Sultanas

É um arroz super fácil de fazer mas que tem um aspecto sofisticado, pelo que é ideal para festas ou jantares. Além disso, fica mesmo muito saboroso.

É excelente para aproveitar os frutos de Natal, pois também pode ser feito com frutos secos. É ideal para acompanhar frango assado, pernil de porco ou carne de porco assada.


Comece por fazer um refogado com uma cebola pequena bem picada e azeite. Quando fica lourinha, junte duas medidas de arroz. Deixe fritar um pouco. 

Acrescente uma colher de café bem cheia de açafrão. Envolva o açafrão com o arroz e deixe fritar mais uns segundos. Acrescente duas medidas de água a ferver. Envolva bem utilizando um garfo.

Um minuto depois, acrescente mais duas medidas de água a ferver. Misture bem e ponha sal a gosto. Acrescente uma medida e meia de sultanas.

Deixe ferver e baixe o calor para que o arroz possa cozinhar. Vá vigiando. Deverá ser necessário acrescentar mais 2/3 a uma medida de água a ferver, pois as sultanas absorvem alguma água.

Quando o arroz estiver quase cozido, desligue o calor e deixe acabar de cozinhar, tapando o tacho com a tampa.

Sirva quando estiver pronto. O arroz deverá estar quase solto, mas algo cremoso por causa do açúcar das sultanas.



Bacalhau com Broa

Este é mais um daqueles pratos que pode ser feito de várias formas. A minha receita foi desenvolvida após várias experiências, até que consegui atingir o sabor e a textura que desejava. Fica um prato muito saboroso e é um excelente substituto para o bacalhau com batatas e couve da noite de consoada.



Comece por cozer duas boas postas de bacalhau em água. Não ponha sal, claro. Quando estiver cozido, retire da água e reserve até arrefecer. Depois desfaça-o em lascas. Não o desfaça muito, pois é agradável sentir o bacalhau a comer. Retire as espinhas. Retire também as peles, se não gostar. Eu deixo-as ficar pois eu gosto e dão imenso sabor.

Ponha a refogar 4 cebolas medias, cortadas às rodelas. Quando amolecerem, junte 4 a 6 dentes de alhos bem picados e duas folhas de louro. Deixe cozinhar até a cebola ficar dourada e bastante mole. 

Descasque 8 a 10 batatas médias e corte-as em rodelas não muito finas. Deixe-as em água fria durante 10 minutos para retirar o amido. Depois seque-as bem com um pano. Ponha-as a fritar.

Junte o bacalhau à cebola, quando esta estiver bem dourada e mole. Envolva e deixe apurar 5 minutos. Prove e ponha um pouco de sal, se achar necessário. Tire as folhas de louro. Retire do calor e reserve.

Ponha as batatas já fritas em papel absorvente e seque-as uma a uma. Salpique-as com flor de sal.

Esfarele o miolo de uma broa média já com dois dias. Junte salsa fresca muito bem picada. Acrescente generosamente azeite e mexa muito bem até ficar com a broa bem ensopada e quase com uma pasta.

Há quem aqueça o azeite com alho para dar um sabor extra. Pessoalmente, gosto de sentir o sabor a broa com azeite, pelo que uso apenas azeite puro, de boa qualidade. O sabor do alho está todo na cebolada com o bacalhau. Penso que aromatizar o azeite é um pouco de demais. No entanto, há quem misture à broa azeitonas ou alho picados. Também já comi com farinheira, e estava fabuloso. É tudo uma questão de gosto.

Agora é só fazer o tabuleiro. Ponha no fundo metade do bacalhau com a cebola. Por cima disponha as batatas fritas, já secas. Cubra com o resto do bacalhau. Por cima espalhe a broa de forma uniforme. Regue com mais um pouco de azeite.

Leva ao forno a 180º. Deixe ficar até a broa começar a dourar. Então suba o calor para 220º e ponha em modo tostar. Vigie atentamente para que não queime. Deixe só tostar um pouco. A broa fica mesmo maravilhosa neste ponto, muito saborosa e ultra crocante.

Sirva com salada ou com grelos salteados em azeite e alho. 

É ainda um prato cujas sobras se comem bem no dia seguinte, ou mesmo dois dias depois. É só aquecer no microondas.


Variante - Substitua as batatas fritas por batatas cozidas, igualmente cortadas às rodelas. Nesse caso, por cima das batatas, ponha também três ovos cozidos, cortados às rodelas. Faça a receita toda de igual forma. Fica também muito bom.





quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Marmelada gulosa da Clara de Sousa

Quando vi esta receita de marmelada no facebook da Clara de Sousa, decidi logo que tinha que experimentar. É super fácil de fazer e não é necessário descascar os marmelos, o que evita imenso desperdício e trabalho. 

Os Marmelos que usei vieram no meu Cabaz semanal de vegetais e fruta da Associação Inovterra.

Siga aqui toda a história curiosa desta marmelada, bem como a receita super bem explicada pela Clara de Sousa.







Penso que deixei cozinhar demais o marmelo e por isso a marmelada ficou menos cremosa que a da receita original. Há quem prefira, portanto, adapte o tempo de cozedura à sua preferência. Também reduzi o açúcar, tal como sugerido pela Clara de Sousa, e realmente, foi uma boa opção.









segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Secretos de Porco fritos

 Bem temperados, os secretos de porco, são um petisco de comer e chorar por mais.

Um porco adulto tem apenas cerca de 600 gr desta peça de carne, pelo que deverá ter cuidado ao comprar, pois em alguns sítios chamam secretos ao que não é. Estes são um músculo, com bastante gordura, mas a carne é muito tenra e suculenta.


Comece por temperar os secretos. Numa taça, junte:

- sal

- um piri piri seco desfeito

- massa de pimentão (uma colher de chá cheia)

- raspa e sumo de um limão (fundamental para tar aquele toque extra saboroso)

- três dentes de alho laminados

- 2 folhas de louro partidas

- vinho branco q.b.

Deixe marinar no mínimo 3 horas.


Numa frigideira larga ponha um pouco de azeite, até cobrir totalmente o fundo. Deixe aquecer. Retire um secreto do molho, deixe escorrer bem todo o tempero e ponha na frigideira. Queremos que ele frite no azeite e não que coza no molho.

Faça igual para os outros secretos. Depois de fritos reserve numa travessa. 

Deite o molho do tempero no azeite de fritar os secretos e deixe ferver. Reduza o calor e deixe apurar durante alguns minutos.

Sirva os secretos regados com um pouco deste molho. Acompanhe com esparregado ou vegetais salteados e batatas fritas ou cozidas.

 

    

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Sopa cremosa de legumes

Actualmente recebo os meus legumes em casa, vindos directamente do produtor e entregues pela Associação Inovterra. São produtos fresquíssimos, muito mais baratos do que nos supermercados e de agricultura biológica, pois são produzidos em pequenas quintas, à moda antiga. Como vamos recebendo o que vai sendo colhido e está disponível, aprendemos a respeitar a sazonalidade o que nos permite adaptar as refeições da acordo com o que é da época. Isto permite que haja menos poluição no nosso planeta, pois deixamos de comprar produtos que vêm de mais longe, fora da época própria. Contribuímos, por isso, para um melhor ambiente e para ajudar a economia nacional.

Como no cabaz vem sempre uma quantidade razoável de vegetais, aproveito logo para fazer várias sopas, que congelo. Em termos nutricionais é uma melhor opção, pois os vegetais, depois de colhidos, e mesmo no frigorifico, perdem a maioria das vitaminas em pouco mais de 24 horas.


Os legumes do cabaz da Associação Inovterra que utilizei nesta sopa:

- Cebolas

- Couve coração de boi

- Courgette

- Abóbora 

Usei ainda:

- Alho

- Chuchu (comecei a usar há pouco tempo este legume, de muito baixas calorias e rico em         vitaminas e antioxidantes, que vem, em grande parte, da nossa Ilha da Madeira)

- Brócolos (ricos em vitaminas e cálcio)

Os legumes que não vêm no Cabaz são comprados normalmente numa frutaria que tenho muito perto de casa.


Receita
:

Faça um refogado com uma cebola grande bem picada. Quando começar a amolecer, junte três alhos grandes também picados. 

Tiire parte da casca a meia cougette, para que a sopa não fique muito escura. Retire ainda o centro com pevides que é amargo e afecta bastante o sabor final da sopa. Corte aos cubos e acrescente ao refogado.

Junte sal a gosto.

Descasque dois chuchu. Corte aos cubos e junte ao refogado. Deixe apurar tudo alguns minutos.

Acrescente duas mãos cheias de cubos de abóboda. Nesta altura do ano já tenho congelada e pronta a cozinhar. Se for fresca, descasque, tire as pevides e parta aos cubos. Mexa e deixe refogar mais uns minutos.

Quando já estiver tudo bem apurado, acrescente água a ferver até tapar os vegetais. Deixe ferver um pouco para cozinhar. 

Entretanto prepare duas couves coração de boi. Tire as folhas exteriores e lave bem. Depois lave o interior. Corte tudo em ripas.

Lave também uma cabeça de brócolos e corte em bocados.

Ponha mais água a ferver na panela e acrescente os vegetais verdes. Acrescente mais água até os cobrir, se for necessário. Deixe ferver e depois deixe cozinhar em lume médio.

As couves vão reduzir um pouco de volume. Quando achar que está tudo cozido, triture tudo muito bem com uma varinha mágica até obter um creme suave. Acrescente azeite e rectifique o sal, se for necessário. 

Eu costumo congelar uma parte da sopa e a outra parte é consumida nos dois dias seguintes.










sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Arroz branco solto

Parece uma receita bem simples, mas o certo é que a maioria das pessoas não consegue chegar à consistência perfeita.

É que há alguns truques que têm mesmo que se seguir.



Na verdade, não são truques, mas perceber o processo que o arroz atravessa até ter a consistência leve e solta que gostamos num arroz branco.

Se gosta do arroz bem seco e solto, deve começar por lavá-lo bem em água. Repare que a água fica branca. Trata-se do amido que sai do arroz e que funciona como uma espécie de cola impedindo que ele fique solto. Por isso é que para fazer arroz malandrinho, o arroz não deve ser lavado, já que o amido ajuda a que o molho do arroz fique um pouco cremoso.

Pessoalmente, mesmo quando faço arroz branco, não lavo o arroz. Gosto que ele fique solto, mas ainda com um pouco de goma que não o torna extra seco. Mas cada qual deverá fazer como preferir. 

Num tacho, coloque um pouco de azeite e dois dentes de alho descascados e esmagados. Deixe ferver um pouco para que o azeite tome sabor. Junte uma medida de arroz (lavado e seco ou directamente do pacote, conforme prefira o arroz mesmo muito seco ou um pouco menos) ao azeite e mexa. Deixe fritar. Este processo sela o grão de arroz, impedindo a saída de mais amido e permitindo ao arroz ficar bem solto. Não use também muito azeite que poderá empapar o grão. Claro que para o arroz malandrinho, não se deve fritar o arroz, exactamente porque o queremos mais cremoso. Nessa receita, o arroz é, por isso, apenas acrescentado depois da água.

Quando começar a ouvir estalinhos, significa que o arroz já está bem selado. Junte então duas medidas de água a ferver. Junte sal. Mexa suavemente, tape meio tacho com a tampa e deixe cozinhar em lume brando. Não se deve mexer o arroz, pois corre o risco de partir alguns grãos que libertariam o amido.

Depois de quase cozido (prove um grão e se for necessário cozer mais acrescente meia medida de água a ferver e deixe cozer mais um pouco), tape completamente o tacho e deixe repousar cinco a dez minutos para evaporar bem toda a água e acabar de cozer. Com um garfo, espalhe suavemente os grãos para os soltar. Retire os pedaços de alho. 

Agora já pode servir.


Arroz feito sem lavar.
Fica solto, mas sem ser extremamente seco.


Arroz lavado antes de cozinhar
para ficar bem seco e solto.


Dica - de modo a melhorar o processo, utilize arroz Agulha. O arroz Carolina é o ideal para arroz malandrinho ou arroz doce. Eu tenho em casa sempre os dois tipos e escolho o melhor para o tipo de arroz que vou fazer.