segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Bifes de peru grelhados com cebolada de pimentos

                                  É um prato simples, saudável e tão, mas tão saboroso.



Tempere os bifes com alho, sal, pimenta e sumo de limão.

Numa frigideira ou wook refogue três cebolas grande cortadas às rodelas numa boa porção de azeite. Quando o azeite ferver, junte três dentes de alho picados e duas folhas de louro.

Deixe cozinhar lentamente. 

Parta às tiras um pimento verde e um pimento encarnado. Quando a cebola estiver a começar a amolecer, junte os pimentos. Misture bem e acrescente sal e um pouco de pimenta.



Deixe fritar até a cebola estar bem dourada. 


Num grelhador prepare os bifes. Coloque-os numa travessa e deite a cebolada por cima. Os bifes de peru grelhado normalmente têm pouco sabor, mas com esta cebolada ficam mesmo muito bons. Acompanhe com arroz branco (veja aqui como fazer).
 



Variante:

Se não quiser sujar tanta loiça, comece por fritar os bifes de peru às tiras e temperados com sal e limão em azeite com um pouco de margarina. Quando dourarem, retire e reserve.

Na mesma gordura refogue a cebola e siga o resto da receita.

Quanto a cebolada estiver pronta, junte as tiras de bife previamente fritas e envolva tudo. Deixe apurar dois ou três minutos e sirva com arroz branco ou batatas fritas.



Outra variante:

Faça a cebolada conforme a receita e no fim escalfe um ou dois ovos sobre os legumes. 

Sirva simples ou com arroz branco.







sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Ovos com Farinheira

Um petisco bem tradicional e fácil de fazer. Pode servir de entrada, para comer com tostas ou com pão. Também pode fazer parte de um rodízio de petiscos, combinado com queijos e outros preparados. 

É muito importante a escolha da farinheira. Esta tem que ser mole e das que se desfazem com facilidade. Tenha, por isso, cuidado ao comprar.


Gosto de usar o meu wook para fazer este petisco.

Comece por tirar a pele toda à farinheira e desfaça-a aos bocadinhos para dentro do wook ou da frigideira. Acrescente uma colher de sopa de margarina e ponha a cozinhar em lume brando.



Vá mexendo e desfazendo a farinheira.

Bata seis ovos com a vara de arames. Acrescente seis colheres de sopa de leite e bata novamente até incorporar. Pode fazer três ovos para meia farinheira, se quiser fazer menos quantidade. Não precisa de pôr sal ou outro tempero, pois a farinheira já é muito saborosa e condimentada. 

Quando a farinheira já está desfeita e translúcida, acrescente os ovos.


Vá mexendo, misturando e virando até que os ovos estejam a seu gosto. Há quem prefira mais líquidos e há quem os prefira já bastante secos.

Ponha numa travessa e sirva. Se quiser, polvilhe com orégãos ou uma erva fresca.





sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Tremoços

 A Associação Inovterra, através da qual recebo os meus legumes e frutas directamente do produtor, enviou há umas três semanas meio quilo de tremoço ainda seco.

Nunca tinha visto tremoço nesta fase, mas sendo uma leguminosa nutricionalmente muito rica, reduzida em calorias e sem glúten, resolvi aventurar-me a preparar tremoços, até estarem prontos para servir.


Segui a receita que a Inovterra disponibilizou:




Colocam-se os tremoços numa taça com água, de um dia para o outro.



Convém que a taça seja bastante grande, pois os tremoço duplicam de tamanho.



Os tremoços cresceram tanto que tive que os mudar de taça.

Estiveram de molho cerca de 18 horas.


Depois de lavados, foram postos a cozer em água, durante cinco ou sete minutos, até que a casca se desprendesse com facilidade.


Deitam-se os tremoços num coador e lavam-se muito bem.



Põem-se então de molho numa taça com água e um punhado generoso de sal. Muda-se a água duas a três vezes por dia.

Ao fim de 24 horas, provei um tremoço, e ainda estava terrivelmente amargo.

Só ao fim de quatro dias estavam bons, mas deixei-os ainda mais umas horas em água e sal para que ficassem um pouco salgados, como gosto.



Só então estão prontos a comer.

Guardam-se no frigorífico numa caixa fechada, em água com um pouco de sal.


segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Doce de Tomate

O tomate começou por ser consumido pelos povos Maias, Incas e Astecas e foi trazido para a Península Ibérica pelos Espanhóis. Aqui o seu uso desenvolveu-se de forma fácil e rápida e desde o século XVI que faz parte da cozinha mediterrânea, embora só no século XIX o seu uso se tenha desenvolvido em todo o seu potencial.

É um fruto colhido apenas nos meses de Agosto e às vezes Setembro, sendo o índice de produção por hectare em Portugal um dos maiores do mundo. É por isso que a indústria transformadora de tomate é tão importante, para que se possa preservar todo o ano este fruto maravilhoso, muito baixo em calorias e rico em licopeno (antioxidante) e vitamina C. 

Também em casa, as formas de transformar e guardar o tomate para o consumir todo o ano são muitas. Esta semana resolvi experimentar uma delas e fazer Doce de Tomate.

O tomate que usei veio directamente do produtor no cabaz da Associação Inovterra. É muito macio e extraordinariamente saboroso.


Comece por pelar e, se preferir, retirar as sementes ao tomate. Eu gosto de ver algumas sementes no doce, portanto, tiro apenas cerca de metade. Ponha este tomate num coador para perder muito do líquido que tem. Vá apertando e espremendo.


Não se esqueça de pôr o coador sobre uma taça para aproveitar o liquido que o tomate perde. Este sumo está cheio de sabor e de nutrientes e pode aproveitá-lo para fazer, por exemplo, arroz de tomate. Até pode congelá-lo em cubos e ir usando em diferentes cozinhados.

Este foi o sumo que aproveitei do tomate 
que usei neste doce. 

Pese o tomate já pelado e com pouco sumo. Aproveitei 900 gr de tomate.

Num tacho, deite o tomate, um quarto do seu peso de açúcar branco e amarelo (usei, portanto, 225 g), duas cascas de limão, dois cravinhos e dois paus de canela.
 

Envolva tudo e leve ao lume. Deixe levantar fervura e depois baixe a temperatura. Deixe a fervilhar em lume brando.


Deixe fervilhar cerca de uma hora. A meio do processo prove, pois dependendo da qualidade do tomate, pode precisar de mais açúcar. Eu acrescentei mais 100 gr. 

Quando ao passar a colher no doce se forma uma espécie de estrada (ponto de estrada), o doce está pronto.


Enquanto o doce está a fazer, aproveite para esterilizar os frascos. Pode pô-los numa panela com água a ferver durante 10 minutos ou pode mesmo utilizar um esterilizador de biberões. Importante é que todas as bactérias possam ser mortas para não estragar o doce. Seque bem os frascos.

Quando o doce está pronto, encha os frascos, feche bem com a tampa e ponha-os com a tampa para baixo durante 24 horas, para que ganhem vácuo.

Depois é só abrir quando lhe apetecer e saborear este doce maravilhoso.



Nota:  O tomate é um fruto, pois desenvolve-se a partir das sementes produzidas pelos ovários da flor depois de polinizada e fecundada. Ou seja, tudo o que tem semente é um fruto. Tudo o que são folhas ou caules comestíveis são legumes.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Salada Fresca com Salmão Fumado

Tão fresca e leve, perfeita para dias de calor. 


Separe as folhas de meia alface, lave muito bem ponha a escorrer. Se quiser, pode usar vários tipos de alface e misturar. Pode também usar rúcula ou agrião. A quantidade depende do número de pessoas que vão comer a salada, claro!

Parta as folhas da alface em pedaços pequenos (nunca use faca) e ponha numa taça. Corte um ou dois tomates aos bocados e ponha também na taça. Junte um pouco de flor de sal e envolva. Atenção que não deve pôr muito sal pois os outros ingredientes já são salgados.

Corte às rodelas alguns pepinos mini de conserva (eu só uso a marca Ferbar; o sabor e a textura fazem toda a diferença relativamente a outras marcas) e ponha também na taça. A quantidade depende muito do gosto; eu ponho talvez uns dez ou doze pepinos. Se preferir, use alcaparras em vez dos pepinos. 

Parta com as mãos bocados pequenos de um queijo atabafado de cabra e ponha por cima da salada. Corte bocados de salmão fumado e acrescente a gosto sobre o preparado. Não exagere na quantidade de salmão, pois rapidamente passa de maravilhoso a enjoativo. Para estas quantidades, uma embalagem de 80 gr é suficiente.

Não se esqueça de ter os ingredientes todo no frigorífico para que a salada fique muito fresca.

Regue com um bom azeite e vinagre balsâmico. 

Envolva tudo e sirva.



Nota: A alface e o tomate chegaram hoje, directamente do produtor. Ontem ainda estavam na terra. Chegaram aqui a casa logo de manhã, entregues pela Associação Inovterra.

Sugestão 1: Se o tomate tiver muito sumo, depois de o partir aos bocados, ponha-o num escorredor com um pouco de sal, para perder o excesso. Assim a salada não fica aguada. Cinco a dez minutos é o suficiente. Se tiver uma quantidade razoável de sumo em excesso, ponha-o num frasco e tape. Aguenta 24 horas no frigorifico e pode aproveitá-lo para um arroz de tomate, por exemplo.

Sugestão 2: Esta salada é óptima para levar para a praia ou para o emprego. Depois de todos os ingredientes misturados, distribua a salada por caixas individuais. Leve o molho num doseador. Antes de comer é só acrescentar o molho a gosto e misturar.