terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Camarão grelhado com molho de limão

Camarão grelhado, quando fresco, é muito bom mesmo que seja temperado só com sal. Mas um molho de manteiga e limão por cima torna este petisco mais guloso.


Comece por preparar o camarão. Se é congelado, deixe descongelar e lave muito bem para tirar todo o gelo. Dê um pequeno golpe ao longo do camarão, do lado das pernas, até à carne. Assim o tempero chegará mais facilmente ao camarão. Ponha sal e reserve por cinco minutos.

Não costumo temperar os camarões antes de os cozinhar. Fiz várias experiências, e basicamente o que acontece é que, se não dermos um golpe no camarão, não tomam sabor. Se dermos o golpe, e deixarmos numa marinada, acabam por cozer e depois ficar rijos. Opto então por pôr apenas um pouco de sal, apenas uns minutos antes de os cozinhar.

Comece então a preparar o molho. Num tachinho, ponha três colheres (ou o que for necessário para a quantidade de camarão que tiver) de manteiga (não é margarina) e três dentes de alho esmagados, com a casca. Acrescente uma folha ou duas de louro. Deixe derreter a manteiga e fervilhar em lume brando para que ganhe sabor.

Entretanto prepare a grelha para os camarões e comece a grelhá-los. Dois minutos de cada lado será suficiente, mas depende do tamanho e do tipo de grelha que está a usar. Faça um camarão controlando o tempo, abra-o e veja se está no ponto (cozinhado mas ainda tenro). Ajuste o tempo se for necessário e faço os outros da mesma maneira. Devem ficar rosadinhos, mas a carne deve estar suculenta. 

Enquanto os camarões cozinham, acabe de preparar o molho. Deite um pouco de piri piri, um pouco de sal (mesmo pouco) e a raspa e o sumo de um limão. Deixe fervilhar mais um minuto ou dois e retire do calor.

Sirva os camarões num prato ou travessa com fundo, para que possa pôr o molho por cima. Passe o molho ainda quente por um coador de chá e deite-o sobre os camarões. Envolva bem. Espera um minuto ou dois para tomar sabor e sirva.

Não se esqueça de acompanhar com pão para o molho e um vinho verde bem fresquinho.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Filetes de Pescada fritos

Quem não gosta de uns bons filetes de peixe passados por farinha e ovo e acompanhados por um arroz de tomate malandrinho ou uma salada russa?



Prefiro filetes de pescada, mas às vezes também faço filetes de peixe espada preto. Os de pescada são melhores se forem frescos, mas os da Pescanova, congelados, também são muito bons.

Duas ou três horas antes de os preparar, tempere os filetes com um pouco de sal, pimenta, alho laminado e louro. Acrescente raspas de limão e regue com bastante sumo de limão. Não os deixe temperados muito mais tempo senão o peixe começa a cozer no limão e fica seco. Só o tempo para que o peixe tome o sabor. Vá virando o peixe para que fique bem temperado por igual.

Há quem use leite para temperar filetes, com a ideia de que ficam mais tenros. Tal não é verdade, embora seja um dos mitos mais consistentes na culinária. São frutos como o limão, a laranja, o ananás ou o kiwi, que além de darem sabor, tornam o peixe e a carne mais tenras, pois os seus sucos quebram as fibras destas proteínas. Portanto, esqueça o leite para temperar.   

Prepare uma travessa pequena com farinha de trigo ou de milho, conforme a sua preferência.

Noutra travessa, ponha dois ou três ovos batidos com um garfo, conforme a quantidade de peixe que tem. Acrescente uns pingos de leite e misture.

Tire o peixe do tempero e limpe bem bocadinhos de louro e alho que possam ter agarrados. Passe tudo pela farinha e reserve.

Ponha a aquecer uma frigideira com óleo para fritar. 

Um a um, passe os filetes no ovo batido e ponha a fritar em lume não demasiado alto, para que o peixe possa cozinhar bem, mas sem queimar o exterior.


Depois de fritos, ponha-os numa travessa com papel absorvente.

Sirva acompanhado por arroz de tomate ou salada russa.


Veja aqui a receita para um bom arroz de tomate.

Quanto à salada russa, não faço a tradicional, pois não gosto de batata misturada. Cozo uma mistura de legumes congelados de ervilhas e cenoura da Iglo e acrescento uma lata de milho da Blonduelle. Há várias marcas brancas de legumes congelados, mas francamente, já experimentei e não gosto de nenhuma. Coza também um ovo cozido por pessoa e misture na travessa de servir. Sirva com maionese temperada, cuja receita pode ver aqui. Eu gosto de servir a maionese numa taça à parte para que cada um tempere a Salada Russa com a quantidade que preferir. Além disso, se sobrarem legumes, conservam-se mais tempo se não tiverem maionese misturada.




Sugestão: Se sobrarem, no dia seguinte faça uma sandes com um filete barrado com a maionese. Se gostar, pode pôr uma folha de alface ou um pouco de rúcula. É de comer e chorar por mais.



segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Panna Cotta com calda de frutos vermelhos

A Panna Cotta é um doce de origem italiana, muito simples de fazer e muito saboroso. Eu gosto sem qualquer tipo de calda, mas a maioria das pessoas prefere sempre que seja acompanhada por um extra. Aqui vamos fazer uma calda, ou coulis, de frutos vermelhos, mas pode ser de manga, por exemplo. Ou molho de chocolate. Ou apenas mel.



Ingredientes:

400 ml de leite

400 ml de natas

4 folhas de gelatina incolor

90 gr de açúcar

Baunilha (uma vagem ou algumas gotas de extracto)


Comece por pôr as folhas de gelatina a demolhar numa tigela com água fria. Siga as instruções da embalagem, mas normalmente precisa sempre de cerca de 10 minutos.

Num tacho, junte o leite, as natas, o açúcar e a baunilha. Aqueça sem deixar ferver e vá mexendo. Quando estiver o açúcar bem dissolvido, retire do calor e deixe arrefecer um pouco.

Junte a gelatina bem espremida e mexa muito bem até dissolver.

com a ajuda de um pincel, unte as taças com um pouco de óleo para que seja fácil depois desenformar a panna cotta. Se a vai servir no copo, não precisa de o untar. Deite a panna cotta e leve ao frigorifico pelo menos 4 horas. Pode deixar de um dia para o outro sem problemas.


Calda ou Coulis de frutos vermelhos:

Usei meio pacote (cerca de 250 g) de frutas vermelhas variadas que comprei congeladas. Se quiser usar fruta natural, lave tudo muito bem e retire folhas e pontas estragadas. 

Deite num tacho com um pouco de água. Acrescente açúcar a gosto (não é preciso muito) e salpique com um pouco de sumo de limão. Deixe ferver e depois reduza um pouco o calor e deixe fervilhar até o açúcar se dissolver e as frutas estiverem algo desfeitas. Se as frutas forem frescas, demora mais um pouco. 

Não deixe apurar demasiado tempo. O que se pretende é uma polpa fluida de fruta cozida.

Prove para ver se necessita de mais açúcar. Se quer mesmo um coulis sofisticado, triture com a varinha mágica e passe por um coador. Eu prefiro servir com as frutas desfeitas. É tudo uma questão de gosto.

Para servir, desenforme a Panna Cotta para um prato e regue com a calda.




Sugestão: Pode fazer o coulis simples com um doce ou geleia que tenha em casa: abóbora, morango, damasco...

Misture 200 g de doce/geleia com uma colher e meia de sopa de água e leve ao micro-ondas durante 40 segundos. Mexa bem e passe o doce por um coador de rede. Deixe arrefecer.

Mantenha a panna cotta no copo e deite por cima o coulis. Leve ao frigorifico por mais uma hora.


 

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Esparguete com salmão e natas

 Faço sempre este prato para aproveitar as sobras de Salmão grelhado.

E que bom que fica! 



Comece por desafazer o salmão em bocados não muito pequenos e reserve.

Faça um refogado com uma cebola média bem picadinha e azeite. Quando começar a amolecer, junte dois alhos picados e uma folha de louro. Ponha também um piri-piri desfeito. Vá mexendo e deixe refogar tudo muito bem.

Entretanto, ponha o esparguete numa panela com água a ferver. Pode ser outro tipo de massa. Junte sal.

Quando a cebola estiver refogada, junte sal (atenção à quantidade pois o salmão, se já estiver cozinhado, já está temperado). Junte uma colher de sopa de ketchup (sempre Heinz que tem menos açúcar que outros existentes no mercado) e uma colher de café de mostarda. Acrescente também um pouco de gengibre em pó. Mexa bem e deixe apurar mais 5 minutos.

Junte 200 ml de natas cremosas e mexa. Acrescente um iogurte grego natural. Envolva bem e deixe fervilhar uns dois ou três minutos.

Acrescente então o salmão desfeito em pedaços. Envolva bem.

Entretanto o esparguete já deve estar cozido. Ponha-o a escorrer até perder quase a totalidade da água. Junte ao salmão e misture muito bem.

Sirva polvilhado com algumas ervas.




Outras versões da mesma receita, o que mostra que com o mesmo prato podemos também variar:

Em vez de esparguete usei massa espiral colorida.
Também não usei natas, só o iogurte.
Mas o molho não fica tão espesso, nem tão saboroso.
Para mim, a melhor opção é metade natas e metade um iogurte natural,
de preferência grego.


Aqui usei Tagliatelle, não usei tomate,
mas no fim misturei queijo mozzarella e orégãos.


Também pode utilizar salmão fresco
para fazer este prato, claro.
Acrescente o salmão ao refogado, deixe cozinhar uns dois ou três minutos,
e acrescente então as natas. Siga a receita.




Aqui enriqueci a receita com camarão. 
Como usei salmão cru, refoguei o salmão e o camarão
na cebola e depois retirei e reservei para não cozinhar demasiado.
Acrescentei então tomate e depois de apurado,
voltei a pôr o salmão e o camarão. 
Depois foi só seguir o resto da receita. 


A receita original, mas desta vez,
com massa tagliatella.




segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Pastéis de Bacalhau à moda da Mãe e da Avó

Adoro Pastéis de Bacalhau. Mas só os que a Mãe faz. 

Estes pastéis não faltam na nossa mesa de Consoada mas faço-os também todo o ano. No Verão basta acompanhar com uma salada. No Inverno, são uma perdição, acompanhados com um belo arroz de feijão.


Comece por cozer duas boas postas de bacalhau. Junte cerca de um quilo de batatas, descascadas e lavadas, partidas aos bocados, para que ganhem o sabor do bacalhau. Junte ainda uma cebola descascada e partida em quartos. Não precisa de sal.

Quando o bacalhau estiver cozido, retire-o para uma travessa e deixe arrefecer. Deixe cozer as batatas mais um pouco, até começarem a desfazer-se. Escorra então a água e ponha as batatas e a cebola numa taça de vidro grande. Com um esmagador, esmague tudo até obter um puré grosseiro. Se as batatas estiverem ainda quentes, é mais fácil.

Quando o bacalhau estiver morno, parta-o às lascas e retire as espinhas. Deixe a pele que ajuda a dar sabor. Ponha o bacalhau no meio de um pano de cozinha e embrulhe-o, como se fosse uma trouxa. Esfregue e esmague o bacalhau, rolando o embrulho e apertando-o com as mãos. Quando o abrir, o bacalhau deverá estar bem desfiado. Junte-o à batata esmagada.

Junte seis ovos grandes, um a um, e misture tudo muito bem. Vai obter uma pasta muito mole.

Acrescente farinha de trigo e vá mexendo, até obter uma pasta mais espessa, que permita moldar pastéis com facilidade.

Pique muito finamente uma quantidade generosa de salsa e misture. Prove e veja se é necessário pôr sal.

Para fritar use uma frigideira funda e coloque oleo (eu uso sempre Fula). Deixe-o aquecer bem e depois baixe o calor. Não queremos que os pastéis fritem por fora e fiquem crús por dentro.

Com duas colheres de sopa, molde com a massa um pastel. Deite no óleo. Faça o mesmo com mais massa até encher a frigideira. Vá vigiando e virando os pastéis. Quando estiverem louros, retire-os e ponha-os num prato com papel absorvente.

Vá fazendo o mesmo até acabar toda a massa.

Disponha os pastéis numa travessa e sirva com o acompanhamento que preferir.

São maravilhosos quentes, mas comem-se bem frios e até um ou dois dias depois de serem feitos. Não guarde a massa, nem congele, pois algumas horas depois deslassa e os pastéis não ficam bons. É preferível gastar sempre a massa toda, pois os pastéis aguentam bem até dois ou três dias. 






Puré de Batata

Um puré de batata cremoso, suave e saboroso é um excelente acompanhamento para carnes com molho. As crianças adoram.



Comece por descascar e lavar bem um quilo de batatas, ou mais, conforme a quantidade de puré que precisar.

Corte as batatas em quartos e ponha-os numa panela com água fria. Junte sal a gosto. Ponha a cozinhar até as batatas se começarem a desfazer.

Entretanto ferva meio litro de leite.

Depois das batatas cozinhas, deite tudo num escorredor para que as batatas fiquem sem água.

Use a mesma panela e coloque o passe-vite por cima, bem preso e numa posição confortável. Se tiver passe vite eléctrico é mais rápido e menos cansativo.

Coloque as batatas dentro do passe vite e vá triturando, regando de vez em quando com o leite quente. Tenha cuidado com a quantidade para que o puré não fique muito liquido. A quantidade de leite pode depender da qualidade de batata, pois umas absorvem mais leite do que outras.

Depois de toda a batata passada, junte 4 colheres de sobremesa de manteiga e misture bem. 

Separe 3 gemas das claras. Junte as gemas ao puré e mexa energeticamente até misturar bem. 

Leve novamente ao calor, baixo, sem parar de mexer. Junte noz moscada. Prove e rectifique de sal se achar necessário. Logo que aqueça um pouco, retire do calor.

Pode servir.

Se sobrar, e para usar noutra refeição, aqueça no micro ondas, juntando um pouco de leite. Mexa bem.

Sugestão - Pode misturar legumes como brócolos, courgette ou couve-flor para tornar o puré menos calóricos. É só juntar à batata, triturar e fazer o puré da mesma forma.