terça-feira, 26 de maio de 2020

Bifes de vaca fritos com Molho de manteiga e alho

Parece uma coisa simples de fazer, mas no entanto, fritar uns bifes de vaca tem uns truquezinhos para que fiquem saborosos, tenros e suculentos.




Primeiro que tudo, o corte da carne. Gosto dos bifes de alcatra, com um pouco de gordura. Os de lombo, para mim, nem pensar, pois são mais secos. Os de novilho também são muito bons, mas às vezes podem ser um pouco rijos pelo que se deve sempre ver bem a qualidade.  



Outro segredo fundamental é nunca, mas nunca congelar a carne dos bifes. Estes ficam mais rijos e com muito menos sabor. Portanto, o ideal é que quando decida fazer bifes os vá comprar nesse dia ou um ou dois dias antes, já que no frigorífico podem aguentar 48 horas.

Outra coisa fundamental é temperá-los con antecedência. Se não o fizer, também o sabor não será o mesmo. Ficam também mais suculentos se marinarem. Tempere os bifes de um lado e do outro com sal e pimenta, alho laminado, louro e vinho branco. Deixe marinar cerca de uma hora. Não deixe passar muito mais tempo.



Para fritar, derreta margarina em lume brando. Esta queima com muita facilidade pelo que nunca deve usar lume alto. Misture o alho e louro do tempero e deixe fervilhar ligeiramente para que a margarina ganhe sabor.

Frite os bifes nesta gordura. Mal passado, médio ou bem passado, depende do gosto, sendo que quanto mais se cozinha a carne mais dura ela fica. Eu prefiro muito mal passado.

Depois de atingirem o ponto que pretende, retire-os para um prato. Frite os restantes. 

Depois de todos os bifes fritos, acrescente ao molho o vinho do tempero. Misture bem e deixe ferver até o molho engrossar um pouco. Não acrescente o vinho enquanto frita os bifes, senão em vez de fritarem, cozem. Vá acrescentando ao molho, o líquido que os bifes largam.

Para servir, deite o molho sobre os bifes. Às vezes, no Inverno, como os bifes arrefecem muito depressa, passe-os no molho ainda na frigideira antes de os dispor na travessa. Para quem gosta, já no prato, regue-os com bastante sumo de limão para os tornar ainda mais saborosos.



Pode acompanhar com batatas fritas e ovo estrelado. Mas arroz de tomate também é um excelente acompanhamento. Ou arroz de ervilhas ou cenoura. Ou esparguete cozido. Ou um cremoso puré de batata. Na verdade, acho que tudo combina bem com uns bons bifes.





sexta-feira, 22 de maio de 2020

Favas com entrecosto

Eu nem sequer gosto de favas. Já tentei. Mas não me sabem bem.
No entanto, o meu marido gosta e por isso, às vezes, faço.
Pode usar favas congeladas todo o ano.
Ou então favas frescas na época delas, entre Maio e Junho.

Veja aqui algumas informações interessantes sobre esta leguminosa rica em proteínas, mas também em hidratos de carbono.





Na véspera, tempere o entrecosto, que deve ser magro e com carne. Use bastante alho picado, sal, pimenta, piri-piri, louro, colorau, vinho e um pouco de azeite. Tape e ponha no frigorifico.

De manhã, tire para fora e envolva tudo. Deixe ficar à temperatura ambiente.

Num taxo grande e largo refogue uma cebola grande picada numa boa quantidade de azeite. Quando começar a alourar junte o alho (este cozinha mais depressa e se o põe ao mesmo tempo da cebola acaba por queimar) e o louro. Quando a cebola estiver dourada, acrescente um chouriço de carne às rodelas. Vá mexendo até o chouriço deixar de crepitar. Nessa altura, acrescente o entrecosto e deixe fritar. Em seguida, acrescente dois tomates pelados (frescos ou de lata conforme a época do ano) e deixe apurar bem entre dez a quinze minutos. O deixar apurar é o segredo de um prato cheio de sabor.

Numa panelinha à parte ponha uma morcela a cozinhar em água. Deixe ferver cinco a dez minutos,  retire da água e reserve. Não gosto de cozinhar a morcela com o resto do prato pois larga demasiada gordura.

Voltando ao tacho, acrescente o vinho do tempero do entrecosto. Deixe apurar mais cinco minutos. Acrescente um pouco de água a ferver e deixe cozinhar o entrecosto por cerca de vinte minutos.

Nessa altura acrescente as favas, se forem frescas. Se forem congeladas, deixe cozinhar o entrecosto por mais 10 minutos. As favas congeladas devem ser lavadas num escorredor para perderem todo o gelo.

Vá mexendo e acrescentando água a ferver se for necessário. As favas cozem em cerca de 20 minutos, em dez se forem congeladas. O entrecosto, entretanto, também deve estar pronto, a soltar-se dos ossos. O molho deve estar espesso.

Acrescente a morcela cortada às rodelas e uma farinheira. Pique-a em meia dúzia de pontos para que um bocadinho do recheio passe para o molho e dê ainda mais sabor. Prove e rectifique o sal se for necessário.

Para servir, polvilhe com salsa ou coentros picados.



Favas frescas que chegam a nossa casa
directamente do produtor, nos cabazes da Associação Inovterra





segunda-feira, 18 de maio de 2020

Congelar sopas

Aconselham os nutricionistas a usar os legumes logo que sejam colhidos, pois só assim se mantêm intactas as respectivas propriedades nutritivas. Algumas vitaminas como a vitamina A, presente nos vegetais laranja como a cenoura e a abóbora e nos vegetais de folha verde escura, como espinafres e brócolos, é sensível à oxidação pelo ar, sendo esta actividade acelerada pela exposição à luz. Isto significa que quanto mais tempo retardarmos o consumo dos vegetais, menos vitaminas têm.

Também a vitamina C é altamente instável, reagindo com o oxigénio do ar, a luz e com a água. Logo que é exposta, têm inicio as reacções químicas que a destroem, provocando oxidação irreversível em menos de uma hora. Os sumos de frutas e legumes devem, por isso, ser consumidos apenas se feitos na hora. Fruta aberta também não deve ser guardada pelos mesmo motivos.

Como nas grandes cidades não conseguimos consumir vegetais logo que sejam colhidos, o ideal é congelá-los sob as mais variadas formas. Uma delas é em sopa. 




Ultimamente tenho comprado legumes e frutas à Associação Inovterra. São produtos que vêm directamente de vários pequenos produtores e chegam a nossa casa sem passarem por armazéns e por embalamentos que apenas prejudicam o ambiente. Entregam em quase todo o país e em dias diferentes da semana. O tempo entre a colheita e a entrega é muito reduzido pelo que os produtos chegam muito frescos a nossa casa.

Estes cabazes são bastante generosos, pelo que para não guardar os vegetais durante muito tempo, logo no dia em que chegam faço uma grande panela de sopa com os legumes que vêm e que são variáveis de semana para semana. Como sei sempre com antecedência o que vem no cabaz, posso comprar na frutaria alguns que me façam falta para acrescentar à sopa.

Para que a sopa não se estrague, guardo uma parte em pequenas caixas que congelo. Outra parte guardo no frigorífico e vou consumindo normalmente. Quando acaba, vou às caixas no congelador. Tento sempre ter pelo menos duas sopas diferentes, para poder alternar.

 


Quando quero consumir a sopa congelada, deixo-a a descongelar no frigorífico para que o choque térmico não seja muito grande. Depois deito o preparado numa panela e aqueço até ferver para que todos os componentes se juntem outra vez. Depois guardo no frigorífico e consumo normalmente.

Consigo assim pedir cabazes apenas de 15 em 15 dias e manter sempre as propriedades nutritivas dos vegetais nas sopas que consumimos cá em casa.



quinta-feira, 14 de maio de 2020

Batatas no forno

Faço muitas vezes batatas no forno para acompanhar os mais diversos pratos.
Também as faço de várias maneiras e com diferentes cortes.



Batata nova com casca

Lave bem as batatas. Corte aos cubos e disponha num tabuleiro para ir ao forno. Deite sal, tomilho (pode ser outra erva) e regue com azeite. Envolva bem e leve ao forno pré-aquecido a 180º.

Deixe assar durante 45 minutos, mexendo de vez em quanto para que cozinhem de forma uniforme. Vá regando com o azeite do fundo. 

Retire do forno e ponha por cima alguns bocadinhos de manteiga. Volte a pôr no forno, subindo a temperatura para 220º, mais 15 minutos, ou até que fiquem tostadinhas.

Retire, envolva no molho e sirva. São as minhas favoritas. Ficam mesmo muito boas.




Batata doce e cenoura

Corte as batatas aos palitos e também duas cenouras. Tempere com sal, azeite e uma erva a gosto. Eu uso tomilho ou orégãos, mas há muitas que se podem utilizar como alecrim, por exemplo.

Ponha no forno a assar a 180º e vá mexendo para assarem por igual. Quando estiverem cozinhadas e um pouco tostadas, retire do forno e sirva.




Batatas às rodelas

Corte às rodelas duas ou três batatas novas com a casca, branca ou encarnada. Coloque tudo numa taça.

Na taça junte azeite, sal e orégãos. Pode usar outra erva a seu gosto, como tomilho ou alecrim. Envolva bem as batatas neste tempero para que fiquem todas bem besuntadas com o azeite.




Forre o tabuleiro do forno com uma folha de papel vegetal. Disponha as batatas uma a uma, sobre a superfície do tabuleiro.



Leve ao forno previamente aquecido a 180º. Ao fim de meia hora, vire as batatas e deixe assar por mais 15 minutos. Estão prontas. E são muito, muito boas. Muito saborosas e crocantes.






Esta versão também fica fantástica se misturar batata tradicional com batata doce. Siga exactamente o mesmo processo.








Batatas assadas com molho 

(em actualização)