quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Massa à Bolonhesa

                           Daqueles pratos rápidos que às vezes dá tanto jeito fazer.

                                                    E ainda por cima é delicioso.

Uma sugestão: pode fazer uma quantidade maior e congelar em doses pequenas para usar quando não tem tempo para fazer o jantar.


Comece por cozer a massa em água abundante com sal. Pode usar qualquer massa. As minhas favoritas são esparguete, penne ou macarrão. 

Pique muito bem uma cebola média. Ponha a refogar em azeite. Quando estiver a amolecer, junte um ou dois alhos bem picadinhos e uma folha de louro. Deixe refogar bem em lume brando.

Junte dois tomates pelados e partidos aos bocados. Podem ser frescos ou de lata. Deixe cozinhar até se desfazerem. 

Junte a carne picada. Eu uso 150 g de carne de vaca mais 150 g de carne de porco (para três pessoas). Pode usar a mistura que lhe agradar mais. Mecha e deixe apurar uns minutos.

Junte cerca de 100 ml de concentrado de tomate. A Guloso tem um que é biológico que é muito bom. Deixe ferver.

Junte duas conchas de sopa com água de cozer a massa. Deixe ferver um pouco e está pronto.

Ao servir, deite a carbonara sobre a massa e polvilhe com queijo ralado.




Esparguete à Carbonara

Este é um prato muito fácil de fazer, barato e cheio de sabor.

Esta receita não é a original, mas foi desenvolvida ao gosto cá de casa. Fica muito cremosa e super saborosa.




Corte aos cubos um naco de bacon. Não utilize o bacon que é comprado já cortado. Não tem sabor nenhum. Prefira comprar na charcutaria uma fatia com um cm de altura e depois corte em casa. Se tiver que comprar no supermercado, compre um naco inteiro e depois corte em casa. Se preferir usar fatias finas cortadas às tiras, tem apenas que ter cuidado ao fritar pois queimam mais depressa.

Corte também uma fatia de fiambre com um cm de altura, aos cubos. Pode comprar na charcutaria e pedir para cortar com esta altura. Também pode usar o fiambre cortado em fatias finas. Basta cortá-lo aos quadrados.

Ponha o esparguete a cozer numa panela com água e sal. Para saber a quantidade, use o medidor de esparguete. Comprei o meu no Continente e foi muito barato; custou menos de 5 euros. Mas assim sabe sempre a quantidade certa a cozer para a família, sem que haja sobras nem desperdícios. Vale mesmo muito a pena comprar um.


Num wook ou numa caçarola grande, ponha o bacon a fritar na própria gordura com dois ou três dentes de alho esmagados. Deixe fritar bem, até ficar tostadinho. Junte o fiambre para tomar sabor, apenas alguns segundos. Retire do calor, tire o alho (ou tire-o logo que comece a ficar muito dourado para que não queime) e ponha tudo num prato com papel absorvente. 

Quando o esparguete estiver cozido, escorra-o e ponha-o no wook. Há quem aproveite a gordura de fritar o bacon. Eu já o fiz e acho que não acrescenta nada ao sabor, pelo que prefiro escorrer o bacon frito e tirar o excesso de gordura. Este já é um prato tão calórico, que não necessita das calorias extras desta gordura. Eu não limpo o wook e ponho a massa directamente. Junte o bacon e o fiambre fritos.

Numa taça, junte dois ovos inteiros, quatro gemas, um iogurte grego natural, um pacote de natas de 125 g e cerca de 100 gr de queijo parmesão ralado ou outro que goste. Bata tudo muito bem.

De seguida, acrescente meia chávena de água de cozer a massa e misture bem.

Junte este preparado ao esparguete e aqueça até os ovos estarem ligeiramente cozinhados. Mas atenção que o molho deve ficar algo liquido. Se achar necessário, acrescente mais um pouco da água de cozedura. Polvilhe com salsa bem picada e sirva.

No prato, ponha mais um pouco de queijo ralado por cima.  


 

Sugestão: Se quiser, pode cozer com o esparguete alguns raminhos de brócolos e juntar tudo na Carbonara. Não se esqueça de picar os brócolos. Não altera o sabor e sempre é uma forma das crianças comerem vegetais.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Bacalhau com natas à minha moda

Há 1001 formas de cozinhar bacalhau e há certamente muitas formas de fazer bacalhau com natas. Esta é a forma como faço sempre, já há muitos anos. Fica cremoso e cheio de sabor.

É daqueles pratos que servem para um jantar de família ou amigos, mas são igualmente óptimos para um buffet, pois pode comer-se facilmente num prato na mão só com um garfo. Tem ainda a vantagem de poder ser preparado com antecedência e na hora de servir, é só colocar no forno.

E o melhor de tudo? É mesmo maravilhoso!


Comece por cozer duas postas de bacalhau em leite. Não deixe cozer muito para não perder a humidade entre as lascas. Depois de cozido, retire e reserve para arrefecer. Coe o leite e reserve.

Entretanto separe o bacalhau em lascas. Retire as espinhas e a pele, se quiser. Eu gosto da pele portanto deixo-a ficar.  

Faça um refogado com bastante azeite e duas cebolas médias/grandes partidas às rodelas. Quando começarem a amolecer junte quatro ou cinco dentes de alho muito bem picados. Junte ainda duas folhas de louro e um piri piri.

Enquanto a cebola refoga, num tacho à parte, comece a fazer o molo béchamel. Ponha a derreter oito colheres de manteiga (mesmo manteiga e não margarina). Quando estiver derretida, acrescente oito colheres de sopa de farinha e mexa bem. Deve ficar com uma pasta. Deixe cozinhar cerca de 30 segundos, mexendo sempre. Acrescente um pouco do leite com que cozeu o bacalhau e mexa com uma vara de arames para não ganhar grumos. Acrescente mais leite e vá mexendo. Vai-se formando um creme, espesso de inicio, mas depois mais solto conforme acrescenta o leite. Normalmente o leite da cozedura não chega, pelo que acrescente leite simples. Para esta quantidade de manteiga e farinha uso mais de um litro de leite. Deixe ferver. O creme deve ficar espesso mas um pouco solto, pois vai envolver a cebolada com o bacalhau. 

Quando estiver pronto tempere com uma pitada de sal (mesmo uma pitada pois o leite de cozer o bacalhau ficou salgado), noz moscada e o segredo do sabor especial - duas colheres de chá bem cheias de mostarda Savora. Por último misture 200 ml de natas e mexa tudo muito bem.


Entretanto, junte o bacalhau ao refogado. Misture bem e deixe cozinhar cinco minutos.


Em seguida, acrescente dois terços de um pacote pequeno da batata frita palha. Envolva cuidadosamente. Eu uso sempre a marca Pala Pala porque acho que faz diferença no sabor final.

Quando a batata tiver amolecido um pouco, retire do lume e vá acrescentando molho béchamel. Vá misturando até obter a consistência desejada. Eu gosto bastante cremoso, mas há quem prefira menos molho e sentir mais o bacalhau. É tudo uma questão de juntar mais ou menos Béchamel.

Deite o preparado num tabuleiro fundo. Eu gosto de usar o meu de barro. 


Polvilhe com queijo Émenthel ou Mozarella ralado. 
Leve ao forno a 180º até ficar dourado.


Está pronto. 





Truques

1 - Pode fazer o prato todo, pô-lo no tabuleiro e congelá-lo. É só envolvê-lo bem em papel de prata e depois num saco plástico fechado. O tempo máximo que deixei estar congelado foi 8 dias, mas dará certamente para um pouco mais. Depois é só deixá-lo descongelar à temperatura ambiente, polvilhar com o queijo ralado e metê-lo no forno. Fica como se tivesse sido feito na altura e facilita muito fazer este bacalhau com natas com antecedência quando se tem jantares ou almoços com vários pratos e sobremesas. Além disso, também pode congelar em tabuleiros mais pequenos e servir para refeições da família durante a semana, sem grande trabalho.

2 - Depois de feito, também pode congelar o que sobrou, por exemplo em doses mais pequenas. Mantém igualmente o sabor e a consistência.

3 - Os pratos de forno são o ideal quando tem visitas em casa. Podem ser preparados com antecedência e depois é só ligar o forno. Pode assim conviver sem estar preocupada/o com a comida e com o que tem para fazer na cozinha.

4. Nunca, mas nunca use molho Béchamel de pacote. O bacalhau perde todo o sabor. Vale mesmo a pena fazer o molho de raiz e afinal, nem dá assim tanto trabalho. Se sobrar, guarde no frigorifico por dois ou três dias para usar noutro prato.

5. Para um jantar mais requintado ou para uma festa, se quiser enriquecer este bacalhau, junte camarão descascado. 



segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Esparguete com camarão e natas

 Um prato simples, muito fácil de fazer

mas que é mesmo muito bom.


Pode usar camarão congelado, já descascado, mas é o que fica menos bom. O ideal é usar camarão fresco, mas não tendo, opte por camarão congelado, mas com casca. Claro que dá um pouco de trabalho a descascar, mas a diferença no sabor final e na textura do camarão é muito melhor. 

Lave o camarão descascado e reserve. Use a casca para fazer um Creme de camarão.

Ponha a cozer esparguete numa panela com água a ferver e sal. Use quantidade necessária para o número de pessoas que vão comer. Acho particularmente útil o medidor de esparguete que me dá sempre uma ideia muito precisa da quantidade que preciso de usar. 

Num wook ou numa frigideira larga, ponha três colheres bem cheias de margarina e três dentes de alhos grandes picados grosseiramente. Ponha a aquecer em lume brando, pois a manteiga e o alho queimam com facilidade. Acrescente um piri piri desfeito e uma folha de louro. Deixe ferver um pouco. Junte um pouco de sal; pouco, que o esparguete já tem sal. Acrescente o camarão escorrido. Deixe-o ganhar cor e cozinhar cerca de um minuto. 

Junte 200 ml de natas e misture. Em seguida, misture um iogurte natural (sem ser grego). 

Deixe fervilhar alguns segundos e acrescente o esparguete mal escorrido. Isto é, deixe um pouco da água de cozer passar para o preparado. Misture bem. 

Junte um punhado generoso de queijo Emmental ralado e misture. Sirva. Se gostar polvilhe com uma erva a seu gosto.

 




sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Pimentos assados em conserva de azeite

É muito simples de fazer e fica mesmo bom. É excelente para pôr em saladas, para acompanhar carne ou simplesmente para comer como petisco. O azeite que sobrar pode ainda aproveitar para temperar saladas ou legumes cozidos ou para servir gulosamente com pão.



Forre o tabuleiro do forno com papel vegetal. Corte ao meio vários pimentos verdes e encarnados. Disponha-os no tabuleiro com a parte aberta para cima. Leve ao forno pré-aquecido a 180º e deixe cozinhar 15 minutos. Vire os pimentos e deixe cozinhá-los totalmente.

Retire-os do forno e feche-os, ainda quentes, num saco plástico. Espere 10 minutos e depois, um a um, retire a pele. Não é preciso ser minucioso.

Num frasco grande com tampa hermética, deite um pouco de sal, dois piri piris, duas folhas de louro, dois ou três alhos laminados e vários raminhos de orégãos. Deite um pouco de azeite de boa qualidade e envolva bem. Corte os pimentos às tiras e ponha-os no frasco. Deite mais azeite até tudo ficar bem coberto. Feche e guarde no frigorifico.

Vá consumindo a gosto.


  

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Caril de Legumes

É tão, mas tão bom, que nem podem imaginar. E é uma maneira maravilhosa de pôr as crianças a comer legumes. Até pedem para repetir.


Num wook ou numa frigideira grande, faça um refogado com uma cebola grande às rodelas e azeite. Quando começar a amolecer, junte três alhos grandes picados e uma folha de louro. Quando estiver tudo bem lourinho, junte uma courgette e duas cenouras partidas aos cubos. Deixe refogar por alguns minutos.



Vá juntando legumes a seu gosto e conforme o que tiver em casa, por ordem de tempo de cozedura, isto é, primeiro os que demoram mais a cozer e depois os mais rápidos. Eu juntei batata doce aos cubos, cogumelos, pimentos e bróculos, tudo cortado. Acrescente sal. Vá deixando cozinhar.




Para fazer o caril, num tacho refogue uma cebola pequena bem picada com um pouco de azeite. Quando estiver dourada, acrescente a gosto: açafrão, cardamomo, gengibre em pó, noz moscada, cravinho (apenas um pé ou dois pois é uma especiaria muito intensa), piri piri e por fim o caril que deve ser de boa qualidade para que esteja cheio de sabor. Deve obter uma espécie de pasta. Deixe cozinhar uns minutos em lume brando, para libertar bem todos os sabores, mexendo sempre. Acrescente um lata de leite de coco. Deixe ferver mexendo bem para dissolver. Junte o sumo de meio limão. Use uma varinha mágica para triturar tudo e ficar com um molho bem cremoso.

Junto o molho ao legumes cozinhados e envolva bem. Retire a folha de louro. Prove e rectifique os sabores. Normalmente é sempre preciso pôr mais um pouco de limão e de sal.

Sirva o caril polvilhado com salsa picada e algumas raspas de limão. Acompanhe com arroz branco cozido.  


segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Pudim de restos de Bolo Rei

Há uns tempos decidi começar a fazer o meu próprio Bolo Rei em casa. No Natal, e apesar de já ter experimentado todas as pastelarias famosas e recomendadas, acho que o Bolo Rei não é bom, muitas vezes parece descongelado e principalmente, é normalmente pobre em frutos secos e frutas cristalizadas e abundante em açúcar a decorar, para o tornar pesado e mais caro. 

Por isso, quando sobra Bolo Rei vale a pena congelá-lo e, mais tarde,  fazer com ele uma outra sobremesa. Misturei duas ou três receitas e resultou este Pudim, que ficou óptimo, a saber a Bolo Rei e a sentir-se na boca os frutos secos picados, mas com uma consistência cremosa. No dia seguinte, ainda estava melhor.



Ingredientes:

- 400 gr de Bolo Rei (se tiver menos ou mais, deve adaptar proporcionalmente os outros ingredientes)

- 8 ovos

- 1 lata de leite condensado

- 400 ml de leite

- 4 colheres de sopa de brandy ou whisky

- 1 casca de limão

Ferva o leite com a casca de limão. Retire a casca e acrescente o brandy/whisky. Junte o leite condensado e envolva muito bem.

Bata os ovos e acrescente-os, em fio, ao preparado anterior. Mexa bem.

Pique os restos de bolo rei, mas sem que fique em pó, nem com bocados grandes. Eu usei a 1 2 3.

Numa taça, misture o Bolo Rei picado e o preparado de leite e ovos. Envolva muito bem, até estar todo o bolo embebido. Se quiser, acrescente e envolva uma mão cheia de frutos secos picados.

Unte uma forma com margarina (eu uso Vaqueiro liquida e espalho com um pincel) e polvilhe com açúcar amarelo. 

Deite o preparado na forma. 

Leve ao forno aquecido a 180º e em banho Maria. Deixe cozinhar cerca de 35 a 40 minutos. Deve ter uma consistência algo firme, mas suave.

Tire do forno e desenforme. A superfície deve estar brilhante e húmida por causa do açúcar.  




terça-feira, 3 de novembro de 2020

Recheio de Sapateira

Tal como para muitos outros pratos, há mil e uma receitas para fazer um bom recheio de sapateira. 

Este que aqui apresento foi desenvolvido há muitos anos, a meu gosto, e faço muitas vezes em jantares de família ou amigos, mesmo de férias.

O ideal é ser feito a partir de sapateira fresca, mas não havendo, também pode usar uma sapateira congelada.


Se comprar a sapateira viva, para a matar de uma forma que não sofra, deve colocá-la num alguidar com água doce. Quando a compro na praça, às vezes, peço logo para a colocar num saco com água doce, de forma a que quando chego a casa, já está morta, ou pelo menos adormecida.

Em seguida, ponha-a numa panela grande com água fria e deixe aquecer. Quando a água ferver, a sapateira já está morta há muito.

Deixe ferver 3 ou 4 minutos e retire a sapateira da água quente. Ponha-a num escorredor e passe com água fria para parar de cozer. Deixe arrefecer.

Retire as patas da sapateira e reserve no frigorifico. Retire todo o recheio do interior da carapaça (não aproveite as guelras). Eu aproveito ainda para o recheio, todas as farripas de carne branca das junções das pernas, pois dão imenso sabor.

Depois de ter numa taça de vidro tudo o que conseguiu aproveitar, junte dois terços de um frasco de 250 ml de pickles Ferbar. Só e apenas esta marca. Já experimentei com outras marcas e o sabor não fica da mesma forma.

Junte dois ovos cozidos partidos aos bocados.

Junte maionese Hellmanns (também só esta marca). A quantidade pode ser variável conforme a quantidade de recheio da sapateira que tem (depende da própria sapateira, claro). Junte também uma colher de sopa de ketchup e uma colher de sobremesa de mostarda Savora. Junte ainda uma ou duas colheres de sopa de whisky ou brandy. Misture tudo bem e triture com a varinha mágica. Se achar necessário, acrescente mais um pouco de maionese. Deve ter um creme pouco espesso, mas claro, pode pôr mais ou menos maionese conforme o gosto. 

Prove e rectifique algum ingrediente que ache necessário.  

Ponha no frigorifico a arrefecer pelo menos uma ou duas horas.

Sirva polvilhado com salsa ou coentros picados. Acompanhe com tostas variadas ou pão torrado (se for quente e com manteiga, fica pecaminoso).



Nota: Eu não junto pão ralado ao creme que faço, como a maioria das receitas propõem, pois acho que não há necessidade de o tornar nutricionalmente pesado e cheio de hidratos de carbono, até porque já o vamos comer com pão. Mas por isso é necessário ter cuidado com a quantidade de maionese que se põe, pois se for demais, deixa o creme muito liquido e difícil de barrar.