sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Tarte folhada de atum com espinafres

É fácil de fazer e pode comer-se tanto no Inverno como no Verão com uma boa salada de alface. As crianças adoram, repetem e comem legumes sem se aperceberem.




Pré-aquecer o forno a 180 ºC.

Colocar a massa folhada numa tarteira; esta deve ser forrada com o papel vegetal que vem com a massa. Eu uso a massa do Pingo Doce que fica bem folhadinha, comme il faut. Depois de bem adaptada à forma picar o fundo com um garfo. Levar ao forno durante 5 minutos para cozer ligeiramente. Retirar. 

Numa frigideira larga alourar alho picado num pouco de azeite. Acrescentar um pouco de bacon cortado em pedaços pequenos. Deixar fritar. Se o alho queimar, retire-o. Acrescentar de seguida os espinafres (podem ser congelados). Deixar cozinhar. Quando os espinafres estiverem completamente cozinhados, juntar o atum bem escorrido e envolver tudo muito bem. Deixar cozinhar novamente por mais uns minutos.

Numa taça à parte, bater muito bem 5 ovos e juntar 2 iogurtes gregos naturais. Envolver bem com uma espátula. Temperar esta mistura com sal e pimenta.

Misturar o recheio com a mistura dos ovos e iogurtes. Colocar o preparado sobre a massa folhada. Salpicar tudo com queijo mozzarella.

Levar ao forno quente. A tarteira deve ser colocada sobre o tabuleiro de alumínio do forno para que o calor que o alumínio transmite ajude a cozinhar o fundo da tarte. Está pronta quando estiver bem douradinha, cerca de 25 a 30 minutos depois. 


quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Consomê de peru

Consomê de Peru... ou como aproveitar as sobras do assado do Dia de Natal.



Como aproveitar a carcaça do peru, normalmente ainda cheia de bocados de carne apetitosos mas difíceis de retirar?

Meta-a numa panela e cubra-a completamente com água. Acrescente várias colheradas do molho do assado e do recheio que tenha sobrado. Deixe cozinhar no mínimo durante duas horas até que a carne se tenha despegado toda dos ossos.

Eu gosto do caldo que os pedaços soltos que fica muito, muito saboroso. Se pretende algo refinado, coe o caldo com uma musselina e sirva numa taça ou num prato polvilhado com um pouco de salsa ou de coentros finamente picados.

Wraps de Frango

Na verdade é um óptimo prato para aproveitar sobras pelo que podem ser feitas com qualquer coisa. Adoro para um jantar de Verão. São fáceis de fazer e muito saudáveis. Excelente para as crianças comerem vegetais quase sem se aperceberem.

Também são óptimas para picnics pois pode levar o preparado numa caixa e na hora de comer é só rechear as wraps, ficando muito frescas e agradáveis.



Para a massa uso as wraps da Bimbo. Cada pacote tem 6 e são muito boas, leves e fofas.

Para 3/4 pessoas - tempere 3 peitos de frango com sal, pimenta e um pouco de caril e leve a grelhar. Deixe arrefecer.

Corte meia dúzia de folhas de alface em juliana, junte 1 bom tomate cortado aos cubos (previamente deixe o tomate cortado com sal num passador para perder o excesso de água; assim a salada não fica aguada), uma mão cheia de milho cozido, umas azeitonas sem caroço cortadas às rodelas. Junte o frango frio e partido aos cubos. Envolva tudo até ficar bem distribuído.

Faça um molho com maionese e leite até ficar com uma consistência leve. Junte um pouco de alho e de salsa muito bem picados. A quantidade depende do gosto de cada um. Pode temperar com outras ervas a seu gosto. Junte este molho à salada e envolva bem.

Recheie as wraps com este preparado, dobre e sirva.

Folhados de salpicão. atum, salsicha ou mistos

Ideal para entradas, lanches ou festas.... ou para levar para a praia.





Com a massa folhada que se compra já cortada aos quadrados, podem fazer-se vários tipos de folhados. Também pode usar a massa de forma redonda e cortá-la aos triângulos. É só recheá-los com:

- duas rodelas de salpicão e um pouco de mozzarella ralado
ou
- duas salsichas de cocktail e queijo mozarella ralado
ou

- uma fatia de fiambre e outra de queijo (flamengo, gruyère...) cortadas à medida
ou
- atum em lata (gosto do atum assado à moda algarvia da Ramirez porque é muito bem temperado) - desfazê-lo numa taça e juntar meio pacote de queijo mozzarella (gosto do Pingo Doce ou do Dia). 
Dividir em 6 porções para cada quadrado de massa.


Forrar o tabuleiro de alumínio do forno (para o calor ajudar a cozer os folhados por baixo) com o papel vegetal da embalagem da massa e colocar a massa já recheada e dobrada a gosto. Pincelar com gema de ovo e pôr no forno a 180º entre 20 a 30 minutos. Vigiar para que fiquem douradinhos.

Para entrada, acompanhar com rúcula temperada com sal, azeite e vinagre balsâmico. 
Se quiser, acrescente à salada amendoim ou noz aos bocadinhos. Também pode acompanhar uma salada de tomate, cebola e orégãos com o mesmo tempero. Pode acrescentar azeitonas sem caroço cortadas às rodelas. 

Como refeição completo, acompanhar com uma salada generosa de alface e tomate, e até queijo feta, azeitonas sem caroço ou nozes. Estes pormenores tornam as refeições do dia a dia ainda mais especiais. Também pode acompanhar com arroz, mas fica uma refeição "pesada" pois a massa folhada já tem hidratos de carbono. Quando faço refeições deste tipo, reforço a sopa ou a sobremesa. 




Também se podem fazer folhadinhos de salsicha para festas infantis. Corta-se os quadrados de massa ao meio, enrola-se uma salsicha cocktail e leva-se ao forno pincelados com ovo. Consigo encher um tabuleiro com 48 folhadinhos (4 pacotes de massa e duas latas de salsichas). São também sempre um sucesso para enviar para as festas para a escola. As crianças ADORAM. 




Também pode usar salsichas em tamanho normal. Os da foto abaixo foram feitos com a massa em forma redonda, cortada aos triângulos e depois enrolada.





Caril de Camarão

As receitas com caril ficam bastante em conta e são rápidas e deliciosas. Pode fazer caril com quase tudo e até aproveitar restos de carne ou peixe. Ao chegar a casa, pode fazer um caril para o jantar em 15 minutos.

O Caril de camarão é aquele clássico que todos gostam. 



O Caril é uma mistura de especiarias muito utilizada na cozinha de países como a Índia e a Tailândia. É também um preparado típico da cozinha indo-portuguesa de Goa, Damão e Diu. 
Um dos condimentos usados tradicionalmente na Índia em vários pratos é a folha da Murraya Koenigii ou "árvore-do-caril".
O "pó-de-caril" é feito à base de pó de açafrão, cardamomo, coentro, gengibre, cominho, casca de noz-moscada, cravinho, pimenta e canela. Para além destes ingredientes básicos, outros são incluídos, de acordo com as preferências: alforva, pimenta-de-caiena, cominhos finos, noz-moscada, pimenta-da-jamaica, pimentão e alecrim, entre outros. Existem caris que chegam a levar setenta plantas diferentes. Inicialmente, o caril servia para temperar exclusivamente o arroz, mas actualmente é usado para a confecção de inúmeras receitas.




Para fazer (em vez de camarão, pode usar frango borrego, peixe):

Refogue uma cebola média bem picada com azeite. Quando começar a amolecer, junte três dentes de alho picados, uma folha de louro e um piri piri. Deixe refogar tudo muito bem.

Junte o camarão descascado e deixe fritar um pouco. Mal fique rosado, retire com um pinça, polvilhe com um pouco de caril para ganhar sabor e reserve.  

Quando uso camarão congelado, prefiro usar o que se compra ainda com casca. O que não tem casca, embora não dê trabalho, encolhe muito e tem pouco sabor. Já experimentei várias marcas e nenhuma me agradou. Descascar o camarão dá trabalho, mas vale mesmo muito a pena, já que o resultado final é muito mais saboroso. E pode aproveitar as cascas para depois fazer um creme de camarão

Tempere o refogado a gosto: gengibre em pó (deixei de usar gengibre fresco pois mesmo picado finamente sente-se a comer), noz moscada, algumas sementes de cardomomo, açafrão, um cravinho... o que gostar. E sal, claro. Mexa bem.

Junte o caril a gosto. Se quer um sabor verdadeiramente exótico compre o caril em casas da especialidade ou lojas gourmet. Senão use o caril que se vende nos supermercados na secção das especiarias. O da Margão é muito bom, especialmente o mais forte. Atenção que é bastante picante, pelo que deve ter em atenção a quantidade de piri piri. Deixe ferver para libertar todo o sabor das especiarias.

Acrescente então um pouco de leite de coco e do sumo de ananás e mexa. Retire a folha de louro e t
riture o caril com a varinha mágica para dissolver todas as especiarias. Retire as cascas da sementes de cardomomo e o cravinho que normalmente não ficam triturados. 


Acrescente o resto do leite de coco e mexa bem, até obter uma consistência solta, cremosa. e sedosa. No mínimo uma lata, mas dependendo da quantidade de camarão, podem ser necessárias duas latas.

Acrescente mais um pouco do liquido do ananás. Eu gosto de usar o ananás em lata, precisamente para poder aproveitar um pouco do líquido, o que dá ao caril um sabor extraordinário e exótico.

Regue também com o sumo de limão para acrescentar acidez ao picante deste prato e torná-lo mais equilibrado.

Deixe ferver um pouco para que o molho engrosse ligeiramente. Se não ficar como gosta (às vezes dependendo da marca do leite de coco pode ficar mais ou menos líquido), dissolva  uma colher de chá de amido de milho (maizena) num pouco de molho e acrescente ao caril. Mexa até dissolver bem. 

É então altura de acrescentar o camarão. 

Acrescente também ananás partido aos cubos. .

Deixe ferver um ou dois minutos para apurar mas não muito tempo para que os camarões não fiquem demasiado cozinhados. Prove e rectifique o equilíbrio de sabores se for necessário. Normalmente é sempre preciso pôr sal e limão. 

Se gostar, pode acrescentar ainda uma mão cheia de cajus, sem sal, grosseiramente picados.

Já na travessa, polvilhe com salsa ou coentros picados. Acompanhe com arroz branco cozido. A tradição manda que seja basmati, mas como este é mais caro pode usar um arroz normal que resulta igualmente muito bem. 
Arroz Jasmine é também uma boa opção, pois o seu sabor exótico combina nem com o sabor do caril.




Versão com cajus. Que delícia!


Sugestão - Se quiser servir um Caril de Camarão num jantar em casa, faça o caril até ter o molho pronto e devidamente apurado. Reserve o molho, o ananás e o camarão. Na altura de servir, junte tudo e acabe o caril conforme a receita. São dois ou três minutos e é realmente prático mas sofisticado para servir a convidados.

Não se esqueça de experimentar a receita com antecedência. Há caris mais ou menos picantes e para que não fique impossível de comer, depois de encontrar o que mais gosta, use sempre o mesmo caril e a mesma quantidade de piri piri para que o jantar não se transforme numa surpresa desagradável.




Há pouco tempo experimentei fazer caril de legumes e ficou maravilhoso. O meu filho comeu tudo e acho que nem percebeu bem a quantidade de legumes que comeu.

Faça o caril separado e triture para ficar com um creme bem agradável. Também pode utilizar caril que tenha sobrado. Às vezes acontece sobrar apenas o molho. 


Faça um refogado com uma cebola grande às rodelas e um pouco de azeite. Não precisa de temperar pois o caril vai dar todo o sabor. Acrescente o que tiver de legumes: brócolos, cogumelos, courgette, couve flor, cenoura aos cubinhos... o que gostar. Às vezes, costumo acrescentar batata doce também aos cubinhos e nesse caso prescindo do arroz como acompanhamento. Deixe refogar e cozinhar. Não deve ser preciso acrescentar água pois os legumes largam muito liquido.


Misture o molho de caril e envolva. Prove e rectifique de sal ou limão se for necessário. Deixe cozinhar e sirva polvilhando com salsa ou coentros picados.

Veja aqui a receita completa. 


Misturar dois caris pode ser uma boa opção.
O Caril Madras é bastante forte e saboroso.
O tandori é menos activo, mas tem uma bonita cor encarnada
que gosto de ver no caril. Use e abuse deste último até ter a cor que gosta. 


Pizza

É um bom prato para fazer com crianças, pois elas adoram ajudar a pôr os ingredientes na pizza. E como é simples, não há grande confusão!



Compre uma boa base já preparada (gosto bastante das do Pingo Doce; a do Continente é péssima) e abra-a sobre o papel da embalagem (para não pegar) num tabuleiro de ir ao forno.

Prepare previamente o tomate para a base. Meia lata de tomate pelado e cortado que deve ser cozinhado durante 10 minutos (acrescente um pouco de azeite) para ganhar sabor. Deixe arrefecer.

Espalhe o tomate por cima da base e tempere com orégãos (se puser os orégãos por cima do recheio queimarão ao cozinhar). Cubra com queijo mozzarela a gosto. O restante recheio pode ser o que gostar. A da imagem tem salpicão e azeitonas sem caroço cortadas às fatias. Mas pode usar fiambre, ananás, anchovas, chouriço, frango... o que gostar! No topo ponha um pouco mais de queijo mozzarela.

Leve ao forno durante 20 a 30 minutos. Vigie para não deixar queimar. Se achar necessário, cubra-a com papel de alumínio para deixar cozer bem a massa.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Scones

Não há coisa melhor numa tarde de Inverno

do que uma chávena de chá com uns scones acabados de sair do forno.




Numa taça de vidro junte 400 gr de farinha, 3 ou 4 colheres de sopa de açúcar e uma colher de sopa de fermento. Misture muito bem.

Faça uma cova no meio e junte um ovo, uma chávena de leite meio gordo e 40 gr de manteiga derretida no micro-ondas. Vá misturando com uma colher até obter uma massa pegajosa e húmida. Não amasse com as mãos senão metade da massa fica colada aos dedos; não amasse também demasiado senão a massa não fica boa.



Forre o tabuleiro do forno com papel vegetal e polvilhe com farinha. Com duas colheres vá fazendo montinhos pequenos de massa; os scones crescem imenso por isso deixe espaço entre eles.




Vai ao forno a 200º (forno pré-aquecido; eu ligo-o logo que começo a fazer a massa) durante 10 a 15 minutos até ficarem com um bonito tom dourado. Não deixe mais tempo no forno senão ficam secos. É mesmo o tempo para fazer o chá e pôr a mesa.

Se gostar dos scones bem dourados, pode pincelá-los com gema de ovo antes de irem ao forno.

Sirva num cesto com um paninho bonito (para se manterem quentes) acompanhados de tacinhas com diferentes doces e manteiga. É um lanche delicioso e muito reconfortante.