segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Arroz de Açafrão com Sultanas

É um arroz super fácil de fazer mas que tem um aspecto sofisticado, pelo que é ideal para festas ou jantares. Além disso, fica mesmo muito saboroso.

É excelente para aproveitar os frutos de Natal, pois também pode ser feito com frutos secos. É ideal para acompanhar frango assado, pernil de porco ou carne de porco assada.


Comece por fazer um refogado com uma cebola pequena bem picada e azeite. Quando fica lourinha, junte duas medidas de arroz. Deixe fritar um pouco. 

Acrescente uma colher de café bem cheia de açafrão. Envolva o açafrão com o arroz e deixe fritar mais uns segundos. Acrescente duas medidas de água a ferver. Envolva bem utilizando um garfo.

Um minuto depois, acrescente mais duas medidas de água a ferver. Misture bem e ponha sal a gosto. Acrescente uma medida e meia de sultanas.

Deixe ferver e baixe o calor para que o arroz possa cozinhar. Vá vigiando. Deverá ser necessário acrescentar mais 2/3 a uma medida de água a ferver, pois as sultanas absorvem alguma água.

Quando o arroz estiver quase cozido, desligue o calor e deixe acabar de cozinhar, tapando o tacho com a tampa.

Sirva quando estiver pronto. O arroz deverá estar quase solto, mas algo cremoso por causa do açúcar das sultanas.



Bacalhau com Broa

Este é mais um daqueles pratos que pode ser feito de várias formas. A minha receita foi desenvolvida após várias experiências, até que consegui atingir o sabor e a textura que desejava. Fica um prato muito saboroso e é um excelente substituto para o bacalhau com batatas e couve da noite de consoada.



Comece por cozer duas boas postas de bacalhau em água. Não ponha sal, claro. Quando estiver cozido, retire da água e reserve até arrefecer. Depois desfaça-o em lascas. Não o desfaça muito, pois é agradável sentir o bacalhau a comer. Retire as espinhas. Retire também as peles, se não gostar. Eu deixo-as ficar pois eu gosto e dão imenso sabor.

Ponha a refogar 4 cebolas medias, cortadas às rodelas. Quando amolecerem, junte 4 a 6 dentes de alhos bem picados e duas folhas de louro. Deixe cozinhar até a cebola ficar dourada e bastante mole. 

Descasque 8 a 10 batatas médias e corte-as em rodelas não muito finas. Deixe-as em água fria durante 10 minutos para retirar o amido. Depois seque-as bem com um pano. Ponha-as a fritar.

Junte o bacalhau à cebola, quando esta estiver bem dourada e mole. Envolva e deixe apurar 5 minutos. Prove e ponha um pouco de sal, se achar necessário. Tire as folhas de louro. Retire do calor e reserve.

Ponha as batatas já fritas em papel absorvente e seque-as uma a uma. Salpique-as com flor de sal.

Esfarele o miolo de uma broa média já com dois dias. Junte salsa fresca muito bem picada. Acrescente generosamente azeite e mexa muito bem até ficar com a broa bem ensopada e quase com uma pasta.

Há quem aqueça o azeite com alho para dar um sabor extra. Pessoalmente, gosto de sentir o sabor a broa com azeite, pelo que uso apenas azeite puro, de boa qualidade. O sabor do alho está todo na cebolada com o bacalhau. Penso que aromatizar o azeite é um pouco de demais. No entanto, há quem misture à broa azeitonas ou alho picados. Também já comi com farinheira, e estava fabuloso. É tudo uma questão de gosto.

Agora é só fazer o tabuleiro. Ponha no fundo metade do bacalhau com a cebola. Por cima disponha as batatas fritas, já secas. Cubra com o resto do bacalhau. Por cima espalhe a broa de forma uniforme. Regue com mais um pouco de azeite.

Leva ao forno a 180º. Deixe ficar até a broa começar a dourar. Então suba o calor para 220º e ponha em modo tostar. Vigie atentamente para que não queime. Deixe só tostar um pouco. A broa fica mesmo maravilhosa neste ponto, muito saborosa e ultra crocante.

Sirva com salada ou com grelos salteados em azeite e alho. 

É ainda um prato cujas sobras se comem bem no dia seguinte, ou mesmo dois dias depois. É só aquecer no microondas.


Variante - Substitua as batatas fritas por batatas cozidas, igualmente cortadas às rodelas. Nesse caso, por cima das batatas, ponha também três ovos cozidos, cortados às rodelas. Faça a receita toda de igual forma. Fica também muito bom.





quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Marmelada gulosa da Clara de Sousa

Quando vi esta receita de marmelada no facebook da Clara de Sousa, decidi logo que tinha que experimentar. É super fácil de fazer e não é necessário descascar os marmelos, o que evita imenso desperdício e trabalho. 

Os Marmelos que usei vieram no meu Cabaz semanal de vegetais e fruta da Associação Inovterra.

Siga aqui toda a história curiosa desta marmelada, bem como a receita super bem explicada pela Clara de Sousa.







Penso que deixei cozinhar demais o marmelo e por isso a marmelada ficou menos cremosa que a da receita original. Há quem prefira, portanto, adapte o tempo de cozedura à sua preferência. Também reduzi o açúcar, tal como sugerido pela Clara de Sousa, e realmente, foi uma boa opção.









segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Secretos de Porco fritos

 Bem temperados, os secretos de porco, são um petisco de comer e chorar por mais.

Um porco adulto tem apenas cerca de 600 gr desta peça de carne, pelo que deverá ter cuidado ao comprar, pois em alguns sítios chamam secretos ao que não é. Estes são um músculo, com bastante gordura, mas a carne é muito tenra e suculenta.


Comece por temperar os secretos. Numa taça, junte:

- sal

- um piri piri seco desfeito

- massa de pimentão (uma colher de chá cheia)

- raspa e sumo de um limão (fundamental para tar aquele toque extra saboroso)

- três dentes de alho laminados

- 2 folhas de louro partidas

- vinho branco q.b.

Deixe marinar no mínimo 3 horas.


Numa frigideira larga ponha um pouco de azeite, até cobrir totalmente o fundo. Deixe aquecer. Retire um secreto do molho, deixe escorrer bem todo o tempero e ponha na frigideira. Queremos que ele frite no azeite e não que coza no molho.

Faça igual para os outros secretos. Depois de fritos reserve numa travessa. 

Deite o molho do tempero no azeite de fritar os secretos e deixe ferver. Reduza o calor e deixe apurar durante alguns minutos.

Sirva os secretos regados com um pouco deste molho. Acompanhe com esparregado ou vegetais salteados e batatas fritas ou cozidas.

 

    

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Sopa cremosa de legumes

Actualmente recebo os meus legumes em casa, vindos directamente do produtor e entregues pela Associação Inovterra. São produtos fresquíssimos, muito mais baratos do que nos supermercados e de agricultura biológica, pois são produzidos em pequenas quintas, à moda antiga. Como vamos recebendo o que vai sendo colhido e está disponível, aprendemos a respeitar a sazonalidade o que nos permite adaptar as refeições da acordo com o que é da época. Isto permite que haja menos poluição no nosso planeta, pois deixamos de comprar produtos que vêm de mais longe, fora da época própria. Contribuímos, por isso, para um melhor ambiente e para ajudar a economia nacional.

Como no cabaz vem sempre uma quantidade razoável de vegetais, aproveito logo para fazer várias sopas, que congelo. Em termos nutricionais é uma melhor opção, pois os vegetais, depois de colhidos, e mesmo no frigorifico, perdem a maioria das vitaminas em pouco mais de 24 horas.


Os legumes do cabaz da Associação Inovterra que utilizei nesta sopa:

- Cebolas

- Couve coração de boi

- Courgette

- Abóbora 

Usei ainda:

- Alho

- Chuchu (comecei a usar há pouco tempo este legume, de muito baixas calorias e rico em         vitaminas e antioxidantes, que vem, em grande parte, da nossa Ilha da Madeira)

- Brócolos (ricos em vitaminas e cálcio)

Os legumes que não vêm no Cabaz são comprados normalmente numa frutaria que tenho muito perto de casa.


Receita
:

Faça um refogado com uma cebola grande bem picada. Quando começar a amolecer, junte três alhos grandes também picados. 

Tiire parte da casca a meia cougette, para que a sopa não fique muito escura. Retire ainda o centro com pevides que é amargo e afecta bastante o sabor final da sopa. Corte aos cubos e acrescente ao refogado.

Junte sal a gosto.

Descasque dois chuchu. Corte aos cubos e junte ao refogado. Deixe apurar tudo alguns minutos.

Acrescente duas mãos cheias de cubos de abóboda. Nesta altura do ano já tenho congelada e pronta a cozinhar. Se for fresca, descasque, tire as pevides e parta aos cubos. Mexa e deixe refogar mais uns minutos.

Quando já estiver tudo bem apurado, acrescente água a ferver até tapar os vegetais. Deixe ferver um pouco para cozinhar. 

Entretanto prepare duas couves coração de boi. Tire as folhas exteriores e lave bem. Depois lave o interior. Corte tudo em ripas.

Lave também uma cabeça de brócolos e corte em bocados.

Ponha mais água a ferver na panela e acrescente os vegetais verdes. Acrescente mais água até os cobrir, se for necessário. Deixe ferver e depois deixe cozinhar em lume médio.

As couves vão reduzir um pouco de volume. Quando achar que está tudo cozido, triture tudo muito bem com uma varinha mágica até obter um creme suave. Acrescente azeite e rectifique o sal, se for necessário. 

Eu costumo congelar uma parte da sopa e a outra parte é consumida nos dois dias seguintes.










sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Arroz branco solto

Parece uma receita bem simples, mas o certo é que a maioria das pessoas não consegue chegar à consistência perfeita.

É que há alguns truques que têm mesmo que se seguir.



Na verdade, não são truques, mas perceber o processo que o arroz atravessa até ter a consistência leve e solta que gostamos num arroz branco.

Se gosta do arroz bem seco e solto, deve começar por lavá-lo bem em água. Repare que a água fica branca. Trata-se do amido que sai do arroz e que funciona como uma espécie de cola impedindo que ele fique solto. Por isso é que para fazer arroz malandrinho, o arroz não deve ser lavado, já que o amido ajuda a que o molho do arroz fique um pouco cremoso.

Pessoalmente, mesmo quando faço arroz branco, não lavo o arroz. Gosto que ele fique solto, mas ainda com um pouco de goma que não o torna extra seco. Mas cada qual deverá fazer como preferir. 

Num tacho, coloque um pouco de azeite e dois dentes de alho descascados e esmagados. Deixe ferver um pouco para que o azeite tome sabor. Junte uma medida de arroz (lavado e seco ou directamente do pacote, conforme prefira o arroz mesmo muito seco ou um pouco menos) ao azeite e mexa. Deixe fritar. Este processo sela o grão de arroz, impedindo a saída de mais amido e permitindo ao arroz ficar bem solto. Não use também muito azeite que poderá empapar o grão. Claro que para o arroz malandrinho, não se deve fritar o arroz, exactamente porque o queremos mais cremoso. Nessa receita, o arroz é, por isso, apenas acrescentado depois da água.

Quando começar a ouvir estalinhos, significa que o arroz já está bem selado. Junte então duas medidas de água a ferver. Junte sal. Mexa suavemente, tape meio tacho com a tampa e deixe cozinhar em lume brando. Não se deve mexer o arroz, pois corre o risco de partir alguns grãos que libertariam o amido.

Depois de quase cozido (prove um grão e se for necessário cozer mais acrescente meia medida de água a ferver e deixe cozer mais um pouco), tape completamente o tacho e deixe repousar cinco a dez minutos para evaporar bem toda a água e acabar de cozer. Com um garfo, espalhe suavemente os grãos para os soltar. Retire os pedaços de alho. 

Agora já pode servir.


Arroz feito sem lavar.
Fica solto, mas sem ser extremamente seco.


Arroz lavado antes de cozinhar
para ficar bem seco e solto.


Dica - de modo a melhorar o processo, utilize arroz Agulha. O arroz Carolina é o ideal para arroz malandrinho ou arroz doce. Eu tenho em casa sempre os dois tipos e escolho o melhor para o tipo de arroz que vou fazer.


quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Massa à Bolonhesa

                           Daqueles pratos rápidos que às vezes dá tanto jeito fazer.

                                                    E ainda por cima é delicioso.

Uma sugestão: pode fazer uma quantidade maior e congelar em doses pequenas para usar quando não tem tempo para fazer o jantar.


Comece por cozer a massa em água abundante com sal. Pode usar qualquer massa. As minhas favoritas são esparguete, penne ou macarrão. 

Pique muito bem uma cebola média. Ponha a refogar em azeite. Quando estiver a amolecer, junte um ou dois alhos bem picadinhos e uma folha de louro. Deixe refogar bem em lume brando.

Junte dois tomates pelados e partidos aos bocados. Podem ser frescos ou de lata. Deixe cozinhar até se desfazerem. 

Junte a carne picada. Eu uso 150 g de carne de vaca mais 150 g de carne de porco (para três pessoas). Pode usar a mistura que lhe agradar mais. Mecha e deixe apurar uns minutos.

Junte cerca de 100 ml de concentrado de tomate. A Guloso tem um que é biológico que é muito bom. Deixe ferver.

Junte duas conchas de sopa com água de cozer a massa. Deixe ferver um pouco e está pronto.

Ao servir, deite a carbonara sobre a massa e polvilhe com queijo ralado.




Esparguete à Carbonara

Este é um prato muito fácil de fazer, barato e cheio de sabor.

Esta receita não é a original, mas foi desenvolvida ao gosto cá de casa. Fica muito cremosa e super saborosa.




Corte aos cubos um naco de bacon. Não utilize o bacon que é comprado já cortado. Não tem sabor nenhum. Prefira comprar na charcutaria uma fatia com um cm de altura e depois corte em casa. Se tiver que comprar no supermercado, compre um naco inteiro e depois corte em casa. Se preferir usar fatias finas cortadas às tiras, tem apenas que ter cuidado ao fritar pois queimam mais depressa.

Corte também uma fatia de fiambre com um cm de altura, aos cubos. Pode comprar na charcutaria e pedir para cortar com esta altura. Também pode usar o fiambre cortado em fatias finas. Basta cortá-lo aos quadrados.

Ponha o esparguete a cozer numa panela com água e sal. Para saber a quantidade, use o medidor de esparguete. Comprei o meu no Continente e foi muito barato; custou menos de 5 euros. Mas assim sabe sempre a quantidade certa a cozer para a família, sem que haja sobras nem desperdícios. Vale mesmo muito a pena comprar um.


Num wook ou numa caçarola grande, ponha o bacon a fritar na própria gordura com dois ou três dentes de alho esmagados. Deixe fritar bem, até ficar tostadinho. Junte o fiambre para tomar sabor, apenas alguns segundos. Retire do calor, tire o alho (ou tire-o logo que comece a ficar muito dourado para que não queime) e ponha tudo num prato com papel absorvente. 

Quando o esparguete estiver cozido, escorra-o e ponha-o no wook. Há quem aproveite a gordura de fritar o bacon. Eu já o fiz e acho que não acrescenta nada ao sabor, pelo que prefiro escorrer o bacon frito e tirar o excesso de gordura. Este já é um prato tão calórico, que não necessita das calorias extras desta gordura. Eu não limpo o wook e ponho a massa directamente. Junte o bacon e o fiambre fritos.

Numa taça, junte dois ovos inteiros, quatro gemas, um iogurte grego natural, um pacote de natas de 125 g e cerca de 100 gr de queijo parmesão ralado ou outro que goste. Bata tudo muito bem.

De seguida, acrescente meia chávena de água de cozer a massa e misture bem.

Junte este preparado ao esparguete e aqueça até os ovos estarem ligeiramente cozinhados. Mas atenção que o molho deve ficar algo liquido. Se achar necessário, acrescente mais um pouco da água de cozedura. Polvilhe com salsa bem picada e sirva.

No prato, ponha mais um pouco de queijo ralado por cima.  


 

Sugestão: Se quiser, pode cozer com o esparguete alguns raminhos de brócolos e juntar tudo na Carbonara. Não se esqueça de picar os brócolos. Não altera o sabor e sempre é uma forma das crianças comerem vegetais.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Bacalhau com natas à minha moda

Há 1001 formas de cozinhar bacalhau e há certamente muitas formas de fazer bacalhau com natas. Esta é a forma como faço sempre, já há muitos anos. Fica cremoso e cheio de sabor.

É daqueles pratos que servem para um jantar de família ou amigos, mas são igualmente óptimos para um buffet, pois pode comer-se facilmente num prato na mão só com um garfo. Tem ainda a vantagem de poder ser preparado com antecedência e na hora de servir, é só colocar no forno.

E o melhor de tudo? É mesmo maravilhoso!


Comece por cozer duas postas de bacalhau em leite. Não deixe cozer muito para não perder a humidade entre as lascas. Depois de cozido, retire e reserve para arrefecer. Coe o leite e reserve.

Entretanto separe o bacalhau em lascas. Retire as espinhas e a pele, se quiser. Eu gosto da pele portanto deixo-a ficar.  

Faça um refogado com bastante azeite e duas cebolas médias/grandes partidas às rodelas. Quando começarem a amolecer junte quatro ou cinco dentes de alho muito bem picados. Junte ainda duas folhas de louro e um piri piri.

Enquanto a cebola refoga, num tacho à parte, comece a fazer o molo béchamel. Ponha a derreter oito colheres de manteiga (mesmo manteiga e não margarina). Quando estiver derretida, acrescente oito colheres de sopa de farinha e mexa bem. Deve ficar com uma pasta. Deixe cozinhar cerca de 30 segundos, mexendo sempre. Acrescente um pouco do leite com que cozeu o bacalhau e mexa com uma vara de arames para não ganhar grumos. Acrescente mais leite e vá mexendo. Vai-se formando um creme, espesso de inicio, mas depois mais solto conforme acrescenta o leite. Normalmente o leite da cozedura não chega, pelo que acrescente leite simples. Para esta quantidade de manteiga e farinha uso mais de um litro de leite. Deixe ferver. O creme deve ficar espesso mas um pouco solto, pois vai envolver a cebolada com o bacalhau. 

Quando estiver pronto tempere com uma pitada de sal (mesmo uma pitada pois o leite de cozer o bacalhau ficou salgado), noz moscada e o segredo do sabor especial - duas colheres de chá bem cheias de mostarda Savora. Por último misture 200 ml de natas e mexa tudo muito bem.


Entretanto, junte o bacalhau ao refogado. Misture bem e deixe cozinhar cinco minutos.


Em seguida, acrescente dois terços de um pacote pequeno da batata frita palha. Envolva cuidadosamente. Eu uso sempre a marca Pala Pala porque acho que faz diferença no sabor final.

Quando a batata tiver amolecido um pouco, retire do lume e vá acrescentando molho béchamel. Vá misturando até obter a consistência desejada. Eu gosto bastante cremoso, mas há quem prefira menos molho e sentir mais o bacalhau. É tudo uma questão de juntar mais ou menos Béchamel.

Deite o preparado num tabuleiro fundo. Eu gosto de usar o meu de barro. 


Polvilhe com queijo Émenthel ou Mozarella ralado. 
Leve ao forno a 180º até ficar dourado.


Está pronto. 





Truques

1 - Pode fazer o prato todo, pô-lo no tabuleiro e congelá-lo. É só envolvê-lo bem em papel de prata e depois num saco plástico fechado. O tempo máximo que deixei estar congelado foi 8 dias, mas dará certamente para um pouco mais. Depois é só deixá-lo descongelar à temperatura ambiente, polvilhar com o queijo ralado e metê-lo no forno. Fica como se tivesse sido feito na altura e facilita muito fazer este bacalhau com natas com antecedência quando se tem jantares ou almoços com vários pratos e sobremesas. Além disso, também pode congelar em tabuleiros mais pequenos e servir para refeições da família durante a semana, sem grande trabalho.

2 - Depois de feito, também pode congelar o que sobrou, por exemplo em doses mais pequenas. Mantém igualmente o sabor e a consistência.

3 - Os pratos de forno são o ideal quando tem visitas em casa. Podem ser preparados com antecedência e depois é só ligar o forno. Pode assim conviver sem estar preocupada/o com a comida e com o que tem para fazer na cozinha.

4. Nunca, mas nunca use molho Béchamel de pacote. O bacalhau perde todo o sabor. Vale mesmo a pena fazer o molho de raiz e afinal, nem dá assim tanto trabalho. Se sobrar, guarde no frigorifico por dois ou três dias para usar noutro prato.

5. Para um jantar mais requintado ou para uma festa, se quiser enriquecer este bacalhau, junte camarão descascado. 



segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Esparguete com camarão e natas

 Um prato simples, muito fácil de fazer

mas que é mesmo muito bom.


Pode usar camarão congelado, já descascado, mas é o que fica menos bom. O ideal é usar camarão fresco, mas não tendo, opte por camarão congelado, mas com casca. Claro que dá um pouco de trabalho a descascar, mas a diferença no sabor final e na textura do camarão é muito melhor. 

Lave o camarão descascado e reserve. Use a casca para fazer um Creme de camarão.

Ponha a cozer esparguete numa panela com água a ferver e sal. Use quantidade necessária para o número de pessoas que vão comer. Acho particularmente útil o medidor de esparguete que me dá sempre uma ideia muito precisa da quantidade que preciso de usar. 

Num wook ou numa frigideira larga, ponha três colheres bem cheias de margarina e três dentes de alhos grandes picados grosseiramente. Ponha a aquecer em lume brando, pois a manteiga e o alho queimam com facilidade. Acrescente um piri piri desfeito e uma folha de louro. Deixe ferver um pouco. Junte um pouco de sal; pouco, que o esparguete já tem sal. Acrescente o camarão escorrido. Deixe-o ganhar cor e cozinhar cerca de um minuto. 

Junte 200 ml de natas e misture. Em seguida, misture um iogurte natural (sem ser grego). 

Deixe fervilhar alguns segundos e acrescente o esparguete mal escorrido. Isto é, deixe um pouco da água de cozer passar para o preparado. Misture bem. 

Junte um punhado generoso de queijo Emmental ralado e misture. Sirva. Se gostar polvilhe com uma erva a seu gosto.

 




sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Pimentos assados em conserva de azeite

É muito simples de fazer e fica mesmo bom. É excelente para pôr em saladas, para acompanhar carne ou simplesmente para comer como petisco. O azeite que sobrar pode ainda aproveitar para temperar saladas ou legumes cozidos ou para servir gulosamente com pão.



Forre o tabuleiro do forno com papel vegetal. Corte ao meio vários pimentos verdes e encarnados. Disponha-os no tabuleiro com a parte aberta para cima. Leve ao forno pré-aquecido a 180º e deixe cozinhar 15 minutos. Vire os pimentos e deixe cozinhá-los totalmente.

Retire-os do forno e feche-os, ainda quentes, num saco plástico. Espere 10 minutos e depois, um a um, retire a pele. Não é preciso ser minucioso.

Num frasco grande com tampa hermética, deite um pouco de sal, dois piri piris, duas folhas de louro, dois ou três alhos laminados e vários raminhos de orégãos. Deite um pouco de azeite de boa qualidade e envolva bem. Corte os pimentos às tiras e ponha-os no frasco. Deite mais azeite até tudo ficar bem coberto. Feche e guarde no frigorifico.

Vá consumindo a gosto.


  

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Caril de Legumes

É tão, mas tão bom, que nem podem imaginar. E é uma maneira maravilhosa de pôr as crianças a comer legumes. Até pedem para repetir.


Num wook ou numa frigideira grande, faça um refogado com uma cebola grande às rodelas e azeite. Quando começar a amolecer, junte três alhos grandes picados e uma folha de louro. Quando estiver tudo bem lourinho, junte uma courgette e duas cenouras partidas aos cubos. Deixe refogar por alguns minutos.



Vá juntando legumes a seu gosto e conforme o que tiver em casa, por ordem de tempo de cozedura, isto é, primeiro os que demoram mais a cozer e depois os mais rápidos. Eu juntei batata doce aos cubos, cogumelos, pimentos e bróculos, tudo cortado. Acrescente sal. Vá deixando cozinhar.




Para fazer o caril, num tacho refogue uma cebola pequena bem picada com um pouco de azeite. Quando estiver dourada, acrescente a gosto: açafrão, cardamomo, gengibre em pó, noz moscada, cravinho (apenas um pé ou dois pois é uma especiaria muito intensa), piri piri e por fim o caril que deve ser de boa qualidade para que esteja cheio de sabor. Deve obter uma espécie de pasta. Deixe cozinhar uns minutos em lume brando, para libertar bem todos os sabores, mexendo sempre. Acrescente um lata de leite de coco. Deixe ferver mexendo bem para dissolver. Junte o sumo de meio limão. Use uma varinha mágica para triturar tudo e ficar com um molho bem cremoso.

Junto o molho ao legumes cozinhados e envolva bem. Retire a folha de louro. Prove e rectifique os sabores. Normalmente é sempre preciso pôr mais um pouco de limão e de sal.

Sirva o caril polvilhado com salsa picada e algumas raspas de limão. Acompanhe com arroz branco cozido.  


segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Pudim de restos de Bolo Rei

Há uns tempos decidi começar a fazer o meu próprio Bolo Rei em casa. No Natal, e apesar de já ter experimentado todas as pastelarias famosas e recomendadas, acho que o Bolo Rei não é bom, muitas vezes parece descongelado e principalmente, é normalmente pobre em frutos secos e frutas cristalizadas e abundante em açúcar a decorar, para o tornar pesado e mais caro. 

Por isso, quando sobra Bolo Rei vale a pena congelá-lo e, mais tarde,  fazer com ele uma outra sobremesa. Misturei duas ou três receitas e resultou este Pudim, que ficou óptimo, a saber a Bolo Rei e a sentir-se na boca os frutos secos picados, mas com uma consistência cremosa. No dia seguinte, ainda estava melhor.



Ingredientes:

- 400 gr de Bolo Rei (se tiver menos ou mais, deve adaptar proporcionalmente os outros ingredientes)

- 8 ovos

- 1 lata de leite condensado

- 400 ml de leite

- 4 colheres de sopa de brandy ou whisky

- 1 casca de limão

Ferva o leite com a casca de limão. Retire a casca e acrescente o brandy/whisky. Junte o leite condensado e envolva muito bem.

Bata os ovos e acrescente-os, em fio, ao preparado anterior. Mexa bem.

Pique os restos de bolo rei, mas sem que fique em pó, nem com bocados grandes. Eu usei a 1 2 3.

Numa taça, misture o Bolo Rei picado e o preparado de leite e ovos. Envolva muito bem, até estar todo o bolo embebido. Se quiser, acrescente e envolva uma mão cheia de frutos secos picados.

Unte uma forma com margarina (eu uso Vaqueiro liquida e espalho com um pincel) e polvilhe com açúcar amarelo. 

Deite o preparado na forma. 

Leve ao forno aquecido a 180º e em banho Maria. Deixe cozinhar cerca de 35 a 40 minutos. Deve ter uma consistência algo firme, mas suave.

Tire do forno e desenforme. A superfície deve estar brilhante e húmida por causa do açúcar.  




terça-feira, 3 de novembro de 2020

Recheio de Sapateira

Tal como para muitos outros pratos, há mil e uma receitas para fazer um bom recheio de sapateira. 

Este que aqui apresento foi desenvolvido há muitos anos, a meu gosto, e faço muitas vezes em jantares de família ou amigos, mesmo de férias.

O ideal é ser feito a partir de sapateira fresca, mas não havendo, também pode usar uma sapateira congelada.


Se comprar a sapateira viva, para a matar de uma forma que não sofra, deve colocá-la num alguidar com água doce. Quando a compro na praça, às vezes, peço logo para a colocar num saco com água doce, de forma a que quando chego a casa, já está morta, ou pelo menos adormecida.

Em seguida, ponha-a numa panela grande com água fria e deixe aquecer. Quando a água ferver, a sapateira já está morta há muito.

Deixe ferver 3 ou 4 minutos e retire a sapateira da água quente. Ponha-a num escorredor e passe com água fria para parar de cozer. Deixe arrefecer.

Retire as patas da sapateira e reserve no frigorifico. Retire todo o recheio do interior da carapaça (não aproveite as guelras). Eu aproveito ainda para o recheio, todas as farripas de carne branca das junções das pernas, pois dão imenso sabor.

Depois de ter numa taça de vidro tudo o que conseguiu aproveitar, junte dois terços de um frasco de 250 ml de pickles Ferbar. Só e apenas esta marca. Já experimentei com outras marcas e o sabor não fica da mesma forma.

Junte dois ovos cozidos partidos aos bocados.

Junte maionese Hellmanns (também só esta marca). A quantidade pode ser variável conforme a quantidade de recheio da sapateira que tem (depende da própria sapateira, claro). Junte também uma colher de sopa de ketchup e uma colher de sobremesa de mostarda Savora. Junte ainda uma ou duas colheres de sopa de whisky ou brandy. Misture tudo bem e triture com a varinha mágica. Se achar necessário, acrescente mais um pouco de maionese. Deve ter um creme pouco espesso, mas claro, pode pôr mais ou menos maionese conforme o gosto. 

Prove e rectifique algum ingrediente que ache necessário.  

Ponha no frigorifico a arrefecer pelo menos uma ou duas horas.

Sirva polvilhado com salsa ou coentros picados. Acompanhe com tostas variadas ou pão torrado (se for quente e com manteiga, fica pecaminoso).



Nota: Eu não junto pão ralado ao creme que faço, como a maioria das receitas propõem, pois acho que não há necessidade de o tornar nutricionalmente pesado e cheio de hidratos de carbono, até porque já o vamos comer com pão. Mas por isso é necessário ter cuidado com a quantidade de maionese que se põe, pois se for demais, deixa o creme muito liquido e difícil de barrar.




sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Entrecosto assado com sal

Assar o entrecosto desta forma é tão, mas tão simples.

E fica muito suculento e saboroso. 


Compre um naco de entrecosto, com alguma carne e gordura. Unte os dois lados com azeite e tempere apenas com sal. Ponha-o numa grelha sobre um tabuleiro com um pouco de água.



Leve-o ao forno, já aquecido a 180º, com a parte do osso para baixo. Deixe assar entre uma hora e meia a duas horas. Suba a temperatura para 230º e deixe tostar por 15 minutos. Vire a carne e deixe no forno por mais 15 minutos.

Tire do forno e envolva com papel de alumínio para não arrefecer. Deixe descansar durante 15 minutos com o osso para cima, para que os sucos voltem à carne. 

Corte aos bocados. A carne deve estar tenra, a soltar-se dos ossos.

Sirva com um acompanhamento que goste. Desta vez servi com feijão verde salteado em azeite e alho. Acompanhe ainda com um molho agridoce e um molho de maionese e alho ou maionese e mostarda. 






quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Bacalhau assado na Brasa

Bacalhau na Brasa é um prato de Verão. De almoços na varanda ou no jardim, de convívio com a família ou com amigos. Pode ser feito num grelhador eléctrico, claro, mas não há nada como o sabor fumado do bacalhau grelhado no carvão.


Dois dias antes, comece por pôr o bacalhau de molho. Escolha postas um pouco altas, pois são as que dão as melhores lascas. Nas primeiras horas, mude frequentemente a água, que rapidamente fica saturada de sal.

No dia, prepare a grelha. Ponha as postas a assar. O tempo necessário depende da altura das postas. Não deixe assar demasiado para que as lascas de bacalhau não percam a sua humidade. Se gosta, deixe queimar a pele ligeiramente. Reserve.

Asse também dois ou três pimentos para a salada.

Entretanto, ponha as batatas a cozer em água e sal.

Numa outro tacho, ponha uma quantidade muito generosa de azeite, 10 a 15 dentes grandes de alho picado grosseiramente, três folhas de louro e esfarele um ou dois piri piris. Deixe ferver em lume brando, durante algum tempo, para o azeite ganhar o máximo de sabor. Vigie atentamente para que o alho não queime e estrague tudo. Depois de tirar do calor, deixe repousar uns minutos.

Quando as batatas estiverem cozidas, escorra bem a água e ponha-as numa taça. Esfarele-as em pedaços médios. Regue com parte do azeite e envolva bem. Se não gosta de encontrar o alho, coe a mistura.

Desfaça o bacalhau em lascas e disponha numa travessa. Regue com o resto do azeite e misture bem.

Faça um salada com alface, tomate e cebola e acrescente tiras de pimento assado e já pelado. Tempere a gosto com azeite, vinagre, flor de sal e orégãos.

Sirva tudo em conjunto. Acompanhe com broa, se puder. E arrisque acompanhar com um vinho rosé, algo frutado e com um pouco de acidez.